Em entrevista na manhã desta quarta-feira (1º), o prefeito Abilio Brunini (PL) demonstrou preocupação com o novo Aquário Municipal de Cuiabá, inaugurado na terça-feira (31), que, segundo ele, deve custar R$ 250 mil mensais à prefeitura. Abilio já afirmou que deve buscar a privatização do complexo turístico.

Em seu último ato como prefeito da capital de Mato Grosso, Emanuel Pinheiro (MDB) inaugurou o novo complexo turístico de Cuiabá: o Aquário Municipal Justino Malheiros. O prefeito também entregou a obra de revitalização do Mercado Antônio Moysés Nadaf, o Mercado do Porto. 

Os tanques do aquário, com capacidade para 150 mil litros de água, abrigam espécies como piraras albinas, dourados, pacus e tambaquis, entre muitas outras. A estrutura conta ainda com um sofisticado sistema de iluminação LED que valoriza o ambiente e proporciona conforto aos visitantes e bem-estar aos animais. Bombas de calor, lâmpadas especiais e sistemas de refrigeração garantem que os tanques mantenham condições ideais para a preservação das espécies. 

Ao todo, o complexo terá mais de 14 mil metros quadrados, sendo o novo Aquário composto por mais de 1,2 mil metros para apreciação de peixes típicos e regionais que compõem a Bacia Amazônica e do Prata. Para Abilio, que assumiu a gestão da prefeitura hoje (1º), o aquário é motivo de preocupação. 

“A informação que eu tenho é que o Aquário vai custar R$ 250 mil por mês apenas para cuidar dos peixes, fora os custos e despesas de segurança, pessoal e um monte de coisa. Então, assim, estou preocupadíssimo com isso porque, imagina, na situação financeira que a gente está, um valor como esse de compromisso e se não fizer os peixes morrem, então como fazer?”, disse. 

Como solução, Abilio disse que pensa em privatizar o espaço. Segundo ele, isso deve ocorrer não apenas com o Aquário Municipal, mas com outros espaços de responsabilidade da prefeitura que ele avaliar que seriam melhor administrados pela iniciativa privada. 

“Na verdade, eu penso na maioria dos espaços públicos que me forem competentes, aquilo que a gente puder oferecer concessão para que a iniciativa privada possa cuidar e traga benefícios à população, a gente vai fazer. (...) Então, acho que o certo é fazer um chamamento público, algo bem transparente e acredito que a imprensa vai ajudar a gente a divulgar todos estes atos para que possam vir pessoas competentes cuidar dessa situação”, argumentou.