A Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel-MT) criticou o projeto de lei anunciado pelo vereador Rafael Ranalli (PL), que proíbe qualquer investimento da Prefeitura de Cuiabá no Carnaval nos próximos 4 anos. Em entrevista à TV Vila Real, nesta sexta-feira (21), a presidente da entidade, Lorenna Bezerra, defendeu a importância da festividade para a economia local.
“A gente não está falando especificamente da festa de Carnaval. Estamos falando de um setor econômico, de um evento que, sim, gera emprego, gera renda e movimenta todos os negócios da cadeia produtiva”, argumentou a presidente. “Quando não se promove nada, a tendência é que as pessoas saiam da cidade, e é isso que a gente não quer”, completou.
Segundo Lorenna, o impacto econômico seria “muito grande”, especialmente para os pequenos empreendedores.
“Os bares e restaurantes grandes têm condições de fazer o próprio Carnaval, mas quando [a prefeitura] leva o Carnaval para a periferia, para os bairros, é muito importante. Além de levar alegria para as pessoas, gera renda. É a costureira, a maquiadora, o cabeleireiro, a manicure, os pequenos negócios no entorno, e não apenas no dia do evento, mas em toda a semana do Carnaval”, explicou.
O argumento utilizado por Ranalli é de que, com a falta de dinheiro nos cofres do município, os investimentos prioritariamente deveriam ser destinados a áreas essenciais como saúde e educação.
A presidente da Abrasel-MT, por outro lado, reforçou que cada pasta da prefeitura possui uma verba própria, isto é, retirar um investimento da Cultura não significa transferi-lo para outra área.
“É um direito da população o lazer, o bem-estar, e cada verba é destinada para um setor. Existe a verba para a Saúde, a verba para a Cultura, etc. Não tem que tirar a verba do Carnaval. Cada coisa no seu lugar”, disse.
A ideia do vereador bolsonarista é pautar o projeto em regime de urgência para evitar o investimento de recursos públicos já no Carnaval deste ano. Contudo, o prefeito Abilio Brunini (PL), no início do seu mandato, já havia sinalizado que o investimento na festa de 2025 seria cortado por conta da crise financeira enfrentada pelo município.
Para Lorenna, entretanto, a falta de investimentos na festa popular durante 4 anos causaria danos para a economia local.
Jordan
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