Os deputados estaduais aprovaram, em primeira votação, o projeto de lei que determina que o Ministério Público Estadual (MPE) preste contas à Assembleia Legislativa. A mensagem foi apreciada durante a sessão plenária desta quarta-feira (21).
O texto ainda precisa passar pela segunda votação e ser sancionado pelo governador para poder entrar em vigor. A proposta foi apresentada por lideranças partidárias em maio deste ano.
O projeto altera a Lei Orgânica da Corte Ministerial, mas especificamente a Lei Complementar 416/2010, que trata sobre a administração financeira e orçamentária do órgão.
Na prática, a medida obriga o Ministério Público a enviar um “relatório trimestral e anual de suas atividades, apresentando, no caso do relatório anual, a evolução dos custos, do controle e da sua eficiência, eficácia e economicidade”.
Desta forma, caso o projeto seja, de fato, aprovado, o Ministério Público terá que prestar contas ao Parlamento Estadual mensalmente e anualmente, através de balancetes encaminhados nos 30 dias seguintes ao encerramento do mês e balanço geral no prazo de 60 dias da abertura da sessão legislativa.
A proposta pode causar um embate entre os Poderes, tendo em vista que o MPE não concorda com a medida. Além disso, também pode ser judicializada.
O procurador-geral de Justiça Mauro Curvo, que se encontra afastado do cargo por conta do seu projeto de reeleição, chegou a criticar duramente a mensagem.
Para ele, os deputados não têm prerrogativa de promover alterações na Lei Orgânica de outra instituição. De acordo com ele, apenas o procurador-geral em poder de propor leis que alterem a Lei Orgânica do Ministério Público. Desta forma, o projeto aprovado pela Assembleia configuraria vício de iniciativa.
VLT
Também na sessão de ontem, o Legislativo Estadual rejeitou a proposta que visava autorizar o Governo do Estado a contrair um empréstimo na ordem de R$ 800 milhões para finalizar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
A medida já havia sido barrada pela Comissão de Acompanhamento e Fiscalização da Execução Orçamentária, tendo em vista a desistência do próprio Executivo em financiar o dinheiro junto à Caixa Econômica Federal.
Diante disso, a proposta foi arquivada. Para o deputado estadual Wilson Santos (PSDB), o arquivamento foi uma decisão acertada, uma vez que dará liberdade ao governador eleito Mauro Mendes.
“Ele pode decidir e ele pretende consultar a população por meio de um plebiscito, se pretende terminar o VLT e de que forma, licitando ou fazendo uma parceria público-privada (PPP), ou se pretende desfazer-se do VLT e implantar o BRT, ou ainda que não queira nenhum dos dois e apenas consolide as linhas de ônibus”, completou.
O projeto solicitando autorização para contrair o empréstimo foi encaminhado ao Parlamento Estadual pelo governador Pedro Taques (PSDB) em maio deste.
Em agosto, entretanto, a Polícia Federal deflagrou a Operação Descarrilho, que apura os crimes de fraude a procedimento licitatório, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de capitais durante a escolha do modal do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e sua execução na capital de Mato Grosso.
A obra foi iniciada em 2012 e está paralisada desde o fim de 2014 e mais de R$ 1 bilhão já foi investido na obra.
Jair
Quinta-Feira, 22 de Novembro de 2018, 14h21geovanni
Quinta-Feira, 22 de Novembro de 2018, 13h15alexandre
Quinta-Feira, 22 de Novembro de 2018, 12h37joana
Quinta-Feira, 22 de Novembro de 2018, 12h31Leide
Quinta-Feira, 22 de Novembro de 2018, 10h27Picando a Mula
Quinta-Feira, 22 de Novembro de 2018, 09h59