A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) votará a Revisão Geral Anual (RGA) para os servidores públicos do Governo do Estado em sessão extraordinária nesta terça-feira (21). Também serão analisadas as contas do Governo do Estado de 2023, que receberam parecer favorável do Tribunal de Contas do Estado.

O governador Mauro Mendes (União) enviou a Mensagem 7/25 ao Legislativo e já avisou que o reajuste será de 4,83%. A sessão tem previsão de se iniciar às 14h e o projeto deve ser o primeiro a ser votado após parecer da Comissão de Trabalho e Administração Pública. “Dispõe sobre a concessão da revisão geral de subsídios dos servidores públicos efetivos, comissionados e contratados, civis e militares, ativos, inativos e pensionistas do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso para o ano de 2025, e dá outras providências”, diz a mensagem. 

Na última semana, a Federação Sindical de Servidores Públicos do Estado de Mato Grosso (Fessp-MT) e líderes sindicais protocolaram na Casa Civil um ofício assinado pelos 13 maiores sindicatos do estado solicitando uma audiência com o governador para discutir as perdas salariais que, segundo eles, estão 20% de inflação acumulado desde a gestão do ex-governador Pedro Taques (SD).

A RGA sempre é tema polêmico e de divergências entre os Poderes Legislativo e o Executivo. Desta vez, os deputados Janaína Riva (MDB), Lúdio Cabral (PT) e Valdir Barranco (PT), defendem que o aumento seja maior. A emedebista propôs que o Governo pague de forma retroativa 20% de recomposição e Lúdio já notificou o Palácio Paiaguás cobrando o aumento.

O ‘levante’ se deu após Mauro Mendes dizer, em entrevista na Rádio CBN Cuiabá, que alguns políticos usam o funcionalismo para fazer discurso, afirmando que esta postura foi responsável por “quebrar” os cofres de Mato Grosso em anos anteriores à sua gestão. O gestor afirmou que não negociará um índice maior do que os 4,83%, baseado no resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).