O ex-governador de São Paulo e pré-candidato a presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB), se esquivou em colocar Mato Grosso na mesa de negociações sobre alianças partidárias que definirão os rumos da sigla nas eleições de 2018. Em visita ao Estado nesta sexta-feira (6), Alckmin se limitou a dizer que as coligações serão definidas até o início do mês de agosto e que acha que o grupo terá “uma grande aliança em benefício da população”.
Além disso, disse respeitar as questões regionais. “Partido que tem candidato tem pressa em anunciar as alianças. Quem não tem candidato não tem pressa. Então essa definição só ocorrerá no fim de julho começo de agosto. Acho que teremos uma boa e uma grande aliança em benefício da população”, evadiu-se o presidenciável.
Um dos motivos de não exaltar o protagonismo de Mato Grosso na mesa de negociações para composição de alianças pode ser explicada pela declaração do próprio Alckmin na última quarta-feira (4), de que o PSDB deve fechar uma aliança com o DEM “entre o meio e o fim de julho”. O ex-governador de São Paulo fez a previsão durante um encontro entre membros do DEM e representantes do chamado “Centrão” - PP, PR, PSD, PTB, PROS, PSC, SD, PRB, PEN, PTN, PHS e PSL.
Em Mato Grosso, no entanto, o governador Pedro Taques (PSDB) possui uma “pedra” em seu caminho à reeleição: o ex-prefeito de Cuiabá e pré-candidato ao Governo do Estado, Mauro Mendes, filiado ao DEM. Mesmo com a declaração de Alckmin, porém, o DEM nacional passa por um racha interno, pois grupos dentro do partido desejam lançar o presidente da Câmara de Deputados, Rodrigo Maia (DEM), numa candidatura a presidência da República.
Outro fator que também pode colocar “água no chopp” na intenção dos políticos do PSDB de Mato Grosso participarem das negociações de chapas no âmbito nacional da sigla é o PSD – um dos maiores partidos do Estado, e que cuja maior liderança no Brasil, Gilberto Kassab, já adiantou que estaria coligado com o PSDB nas próximas eleições se a decisão dependesse só dele.
O PSD, no Estado, é presidido pelo ex-vice-governador Carlos Fávaro, que deixou o Governo de Mato Grosso justamente para fazer oposição a Pedro Taques. A sigla no âmbito estadual, entretanto, possui os deputados estaduais Gilmar Fabris, Dilmar Dal Bosco, Dr. Leonardo, Pedro Satélite, Wagner Ramos e Zé Domingos Fraga. Com exceção de Fraga, todos os outros já declararam apoio a reeleição de Taques, o que também pode indicar um racha no partido.
Ao lado de lideranças do PSDB de Mato Grosso – como o governador Pedro Taques, o deputado federal Nilson Leitão, os deputados estaduais Wilson Santos, Max Russi e Guilherme Maluf, além do presidente do diretório regional da sigla, Paulo Borges -, Alckmin preferiu falar sobre os “compromissos” que quer assumir com o Estado. Ele, que deixou o Governo de São Paulo para disputar as eleições de 2018, comentou sobre a criação de uma unidade de segurança nacional com atuação nas fronteiras.
“Hoje você tem uma guarda nacional. Hoje você tem uma Força Nacional que você empresta o policial de um Estado para por no outro. Nós vamos ter uma Guarda Nacional permanente. Os maiores beneficiários vãos ser os Estados de fronteira que vão ter uma grande parceria com o Governo Federal”.
F?bio Henrique
Sexta-Feira, 06 de Julho de 2018, 13h43O CONDOR
Sexta-Feira, 06 de Julho de 2018, 13h36Russo
Sexta-Feira, 06 de Julho de 2018, 13h24Julio
Sexta-Feira, 06 de Julho de 2018, 12h41Ricardo
Sexta-Feira, 06 de Julho de 2018, 11h48