Ex-líder do prefeito Emanuel Pinheiro na Câmara de Cuiabá e um dos principais aliados do gestor municipal, o vereador Renivaldo Nascimento (PSDB), que também é ex-secretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano Sustentável (Smadess) da atual gestão disse não temer uma possível ‘rejeição’ da população por conta de sua fidelidade ao chefe do Palácio Alencastro. O parlamentar elogiou a administração da Capital, ressaltando que as críticas mais acentuadas são normais, no final do mandato, além do fato de ser um ano político, alfinetando ainda aqueles que ‘pularam do barco’.

Renivaldo Nascimento, assim como o também ex-líder do prefeito na Câmara, Adevair Cabral (Solidariedade), foi um dos apoiadores de Emanuel Pinheiro de postura mais firme no parlamento municipal, na defesa do gestor. Ele acredita que a administração de seu aliado à frente da Prefeitura teve sim, algumas falhas, mas que na média geral, a gestão foi positiva, não temendo assim uma possível rejeição nas urnas, em sua busca pela reeleição, em outubro.

“A gente teve sim, algumas falhas, mas foi uma gestão que trabalhou muito e deu certo em Cuiabá, que hoje é outra cidade, em todos os sentidos. Claro que tem alguns problemas, infelizmente, no final de governo, já que faltam apenas seis meses para terminar o mandato. Aí realmente tem aquelas críticas e, no ano eleitoral, elas são mais acentuadas. Mas cabe ao prefeito Emanuel Primeiro tentar terminar a gestão e trabalhar da melhor maneira possível esses poucos meses que lhe restam. Mas não tem desgaste nenhum, muito pelo contrário. Vejo de forma muito positiva ter participado e apoiado a administração que deu certo”, afirmou Renivaldo ao FOLHAMAX. 

O vereador disse ainda que dificilmente a Câmara irá acompanhar o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de reprovação das contas do prefeito, relacionadas ao ano de 2022. Renivaldo Nascimento destacou que é preciso ter maioria absoluta, ou seja, 17 votos, para que o balanço seja reprovado, número de vereadores que ele garante que a oposição não possui.

Ele também voltou a criticar a Comissão Processante instalada na Casa, após pedido do vereador Fellipe Corrêa (PL). Segundo o vereador, a investigação sequer deveria estar tramitando na Câmara, tendo em vista que foi baseada em uma decisão judicial em caráter liminar que já foi até mesmo derrubada no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Por fim, o ex-líder de Emanuel Pinheiro alfinetou os ‘colegas’ da base de sustentação do prefeito que estão deixando o grupo, visando as eleições.

“Em relação a Comissão Processante, com todo respeito ao meu colega Felipe Corrêa, trata-se de uma ação eleitoreira, sendo inclusive, baseada totalmente em uma liminar que não existe mais, pois foi derrubada no STJ e perdeu o objeto. Mas é uma casa política, em um momento político, em ano político, ou seja, tem de tudo. Sobre votos na Comissão Processante e aprovação das contas, alguns vereadores têm medo e receio de falar sim ou não. Temos que ter convicção, posição e postura na vereança. Aqueles que estão abandonando o barco, com certeza, passarão pelo crivo da população e dizer por que estão pulando fora e explicar seus motivos. É por ser final de governo? É preciso que se tenha coerência nas suas atitudes e honestidade com o povo”, completou.