Aliado do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), o vereador Luis Cláudio (PP) saiu em defesa da Prefeitura envolvendo o contrato firmado com a Medtrauma Serviços Médicos Especializados Ltda, que foi suspenso na segunda-feira (19), após um esquema de superfaturamento de até 2.500% vir à tona. O parlamentar justificou que o documento foi assinado dias antes do Gabinete de Intervenção, sob o comando do Governo do Estado, assumir a Saúde da capital.
A medida foi adotada após reportagem do Fantástico, exibida no último domingo (18), mostrar para todo o Brasil o esquema operado pela MedTrauma no Acre e revelar que a investigação da Operação Higeia, deflagrada no dia 2 deste mês pela Polícia Federal, apura se essa prática também ocorria em Mato Grosso e no estado de Roraima. Na capital, a empresa tem sede no Edifício Santa Rosa Tower, na Avenida Miguel Sutil, um dos locais que foi vasculhado por agentes da PF.
"Em primeiro lugar, para deixar bem claro que a prefeitura assinou, esse contrato cinco dias antes da intervenção. Ou seja, a prefeitura não efetuou nenhum pagamento. Quem efetuou o pagamento dessa empresa foi o período interventivo. Diante da grave acusação, não restava outra alternativa senão o cancelamento do fornecimento das próteses", destacou o vereador, nesta terça-feira (20), à imprensa.
Após o anúncio da suspensão imediata do contrato, a MedTrauma informou que irá cumprir a decisão, mas alertou que a medida irá prejudicar e impactar diretamente os mais de 400 mil cuiabanos que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) da Capital e de todo o Estado.
Luis Cláudio explicou que a empresa não pode deixar de atender porque o cancelamento é parcial e não integral. "Ela não tem como não continuar o serviço de atendimento aos pacientes, porém, a denúncia é muito grave, passou a nível nacional, replicado aqui a nível estadual, então é necessário que se rompa realmente esse contrato definitivamente eu sou a favor, que se rompa e que se chame outra empresa para efetuar o serviço", avaliou.
"Eu acredito que a prefeitura tem que tomar todos os cuidados para não continuar cometendo erro que a intervenção cometida, de não fiscalizar, de não ir a fundo nessas denúncias que eram recorrentes nesse estado", acrescentou.
O vereador ressaltou que a Câmara Municipal tem adotado algumas medidas para fiscalizar a situação da Saúde em Cuiabá, que continua caótica e envolvida em escândalos nacionais. "A gente tem que mergulhar, principalmente nesse período em que essa empresa atuou sob a responsabilidade da intervenção. A gente já tem uma CPI nesta Casa, a CPI da dos Indenizatórios. Não sei se caberia análise específica desse contrato, mas diante da gravidade do que foi exposto para a sociedade de Cuiabá e de Mato Grosso, a Câmara não pode ficar quieta", frisou.
Por fim, de acordo com o vereador, a CPI dos Indenizatórios deve ser prorrogada por mais 120 dias diante da nova denúncia e cobrou uma atitude mais incisiva da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). "A gente tem que aprofundar sim, porque não se pode ter um contrato sem a devida inspeção ou fiscalização. Avaliação necessária se o paciente estiver sendo tratado, se estiver sendo colocado na prótese correta, se essa prótese estiver com preço elevado. Nós, agentes políticos, não podemos deixar passar isso em branco. Não é só a Câmara Municipal, como a própria Assembleia Legislativa tem que tomar providências", concluiu.
Edson
Quarta-Feira, 21 de Fevereiro de 2024, 12h48Jaime
Quarta-Feira, 21 de Fevereiro de 2024, 11h47Cuiabano Raiz
Quarta-Feira, 21 de Fevereiro de 2024, 11h07Guto Vieira
Quarta-Feira, 21 de Fevereiro de 2024, 10h55carlos
Quarta-Feira, 21 de Fevereiro de 2024, 10h52Cuiabana
Quarta-Feira, 21 de Fevereiro de 2024, 10h29Alexandre Madeiros
Quarta-Feira, 21 de Fevereiro de 2024, 10h14Espectro
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Quarta-Feira, 21 de Fevereiro de 2024, 09h37