Políticos de Mato Grosso reagiram positivamente ao depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), no processo que apura a tentativa de golpe de Estado. Ele foi o sexto réu a prestar esclarecimentos na ação penal que investiga a atuação de autoridades e militares contra o resultado das eleições de 2022. O depoimento ocorreu no segundo dia de audiência, realizada na terça-feira (10).
O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) elogiou o desempenho de Bolsonaro durante o depoimento. “Eu achei que ele se comportou muito bem, foi muito claro, muito tranquilo. Eu acredito que, no final, o bom senso seja vencedor. O STF tem 11 componentes, pessoas maduras, que vão representar bem o pensamento do brasileiro na hora de julgar", disse.
A presidente da Câmara de Cuiabá, vereadora Paula Calil (PL), afirmou acreditar na inocência do ex-presidente e criticou a possibilidade de prisão. “Se o Bolsonaro for preso, será de uma forma injusta. O ato não foi praticado. Eu acredito na inocência do presidente e estamos lutando para que ele esteja aqui em 2026”, declarou.
Já o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) classificou o interrogatório como um “teatro”. Para ele, o processo é baseado em suposições. “Não existe, você não pode ter uma acusação baseada em suposições, como tá sendo ali. Isso ficou muito claro ontem, até quando perguntaram para o presidente sobre um general que ele teria deixado as tropas à disposição. E o general é aposentado, nem tropa tem”, disse.
Cattani ainda concordou com Bolsonaro ao dizer que patriotas que pedem intervenção militar são “malucos”. “Se alguém quer uma intervenção militar em um governo democrático, querendo forçar a barra para que o Exército tome o poder e dê um golpe, está fora da razão. Ele está certo", disse.
Já o deputado federal Coronel Assis (União Brasil) criticou o andamento do processo e o classificou como um “grande teatro”. “Jamais visto nesse país! Insistem em sustentar uma tese fraudulenta, sem prova, sem lógica, sem verdade”, escreveu.
Outro aliado de Bolsonaro, o deputado federal José Medeiros (PL), também se manifestou com críticas ao processo, negando que o ex-presidente tenha convocado manifestações. “Não há nenhuma ação de Bolsonaro chamando para a frente de quartéis, bem como a ordem ou voz que convocou manifestantes para o 8 de janeiro não saiu de sua boca. O que existe é uma tentativa de imputar ao ex-presidente uma responsabilidade de ter conduzido as duas coisas para justificar uma tentativa de golpe! Mas tudo partiu de iniciativa popular. O resto é narrativa”, publicou, com parte do texto em letras maiúsculas.
A deputada federal Coronel Fernanda (PL) compartilhou em suas redes sociais um trecho do depoimento de Bolsonaro, destacando sua defesa. Já o deputado federal Nelson Barbudo (PL) reagiu a um momento descontraído do depoimento, quando Bolsonaro sugeriu, em tom de brincadeira, uma chapa com o ministro Alexandre de Moraes para 2026. “Eita que o homi é corajoso (sic)”, escreveu. O também deputado Rodrigo da Zaeli (PL) comentou o episódio: “E essa chapa aí, hein? Bolsonaro e Moraes 2026… Deixe sua opinião nos comentários", provocou.
O vereador Rafael Ranalli (PL) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro deve ser preso ao fim do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que apura tentativa de golpe de Estado. Segundo ele, o processo está "direcionado para a condenação".
"Ninguém assinou nada, ninguém teve coragem de assinar, não botou no papel. Quer dizer, é o golpe fake, né? Quem que iria tomar uma república sem Exército, sem Marinha e sem Aeronáutica?”, afirmou o vereador.
O deputado Lúdio Cabral (PT) publicou vídeo nas redes sociais, do qual confronta a diferença de postura adotada pelo ex-presidente no STF, onde chegou a pedir desculpas, e longe da Corte, quando ofendeu os ministros.
Já Valdir Barranco (PT) publicou imagem com foto de Bolsonaro e a marca d'água "99%" preso.
O governador Mauro Mendes (União) não se manifestou.
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