O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), Lucas Costa Beber, amenizou as críticas feitas pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a respeito da "banalização" das recuperações judiciais no agronegócio. Apesar de não considerar a declaração "infeliz" pediu para que o senador licenciado cobrasse empresas que 'dão calote' no setor.
Durante entrevista à Rádio Cultura, o ministro condenou a "enxurrada" de decisões que permitiram que vários produtores rurais pedissem a medida, revelando ainda que levou o fato ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na avaliação de Fávaro, a medida é extremamente prejudicial para a concessão de crédito, já que ela faz com que os juros aumentem e também afasta investidores que tenham interesse em aplicar dinheiro no setor.
O presidente da Aprosoja, não considerou a fala "infeliz", mas ponderou que a maneira como é colocado pode ser mal interpretada. "Eu acho que a maneira como se coloca, e às vezes é interpretada no momento, a recuperação judicial é um remédio, principalmente para um ano como esse de crise. O que a Aprosoja sempre defendeu é a simetria, se há para a empresa, há para o produtor", disse à imprensa na última quarta-feira (27).
O representante dos produtores até concordou que esse instrumento jurídico não pode ser "banalizado" e achou sensato da parte de Fávaro ter levado ao CNJ, por considerar que quem julga é o judiciário e não cabe a ele dizer se essa ou aquela a recuperação é certa ou não.
"A gente sabe que tem recuperações que foram planejadas há mais de três anos, foram colocadas mesmo nos períodos de bonança, então esse tipo de banalização também a gente não concorda. A gente concorda que o instrumento existe, para realmente ajudar o produtor", ressaltou o presidente.
Apesar disso, o presidente da Aprosoja-MT pediu mais isonomia por parte de Carlos Fávaro e recomendou que o ministro se pronunciasse e também cobrasse, de forma mais energética, empresas compradoras que 'dão calote' nos produtores, o que gera prejuízo ao setor.
"A única coisa que esperamos é que ele também se pronuncie em empresas que muitas vezes prejudicam. O produtor às vezes faz a compra de uma semente, de um adubo, de um químico, paga à vista e na hora de receber não recebe. O produtor entrega a soja às vezes para uma empresa compradora, faz o compromisso, também não recebe. Então, acho que seria bem-vindo às críticas dos dois lados, não só contra os produtores", encerrou Beber.
frete
Domingo, 31 de Março de 2024, 13h31Luis massig
Domingo, 31 de Março de 2024, 12h27Lúcio peixe
Domingo, 31 de Março de 2024, 12h07Chico
Domingo, 31 de Março de 2024, 12h05FAZ O L !!!!!!!
Domingo, 31 de Março de 2024, 12h01