A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (ADUFMAT), campus Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, emitiu uma carta, na sexta-feira (18), em apoio à professora Lisanil Conceição Patrocínio Pereira, que foi arrastada e detida na festa de uma igreja católica, em Campos de Júlio, a 692 km de Cuiabá, no último domingo (13).
A entidade afirma que a professora foi humilhada durante o evento e alega violência por motivação política.
A professora, que vestia uma camiseta com as frases 'Lute como uma Garota' e 'Lula Livre', disse à Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Adunemat) que foi 'abordada de forma ostensiva pelos participantes que comentavam e a olhavam com estranheza e desdém pelas marcas de sua orientação política, estampada na camiseta'.
“Registramos nosso total repúdio aos atos violentos que a professora Lisanil, mulher negra, mãe, trabalhadora, pesquisadora, cientista, chefe de família, militante do Partido dos Trabalhadores foi vítima”, diz trecho da carta.
Os participantes e organizadores do evento alegaram que a professora causou tumulto e confusão no local e, por isso, chamaram a polícia. Eles acusaram a professora de estar transtornada e embriagada.
A Polícia Civil explicou que a professora foi detida e autuada em flagrante pelos crimes de pertubação do sossego, desacato e resistência. Ela pagou fiança de R$ 2,5 mil na segunda-feira (14) e foi solta.
O G1 ligou para o Pavilhão Comunidade Nossa Senhora das Graças, onde o evento aconteceu, mas as ligações não foram atendidas.
Vídeos gravados por participantes da festa mostram o momento em que um policial civil aborda a professora no palco e tenta retirá-la à força. Pelo menos outros quatro homens também tentam segurá-la. Ela é puxada pelos braços e arrastada pela escada do palco.
“Todos [da festa] incapazes de dividir o espaço com uma pessoa de posicionamento ideológico diferente, incomodados com o simples fato de Lisanil solicitar músicas regionais, é possível ver que a ação violenta foi cometida por homens que a arrastaram pelo chão do salão paroquial, expondo suas partes íntimas, desrespeitando absolutamente sua condição humana”, ressaltou a ADUFMAT na carta.
A professora afirmou ao G1 que está abalada emocionalmente e não quis comentar sobre o que aconteceu.
Edmalvadeza
Segunda-Feira, 21 de Outubro de 2019, 09h29J.Jos?
Segunda-Feira, 21 de Outubro de 2019, 00h27Teodoro da Silva Junior
Domingo, 20 de Outubro de 2019, 21h45Paolo
Domingo, 20 de Outubro de 2019, 21h27Julio
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Domingo, 20 de Outubro de 2019, 14h52joana
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Domingo, 20 de Outubro de 2019, 11h10Antonio
Domingo, 20 de Outubro de 2019, 10h50