Mary Juruna
O presidente em exercício da Câmara de Cuiabá, vereador Onofre Júnior (PSB), aguarda a notificação da Justiça sobre a prisão do vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD) para convocar o suplente imediato para assumir o cargo. No caso, o primeiro suplente do PSD é o advogado Paulo Araújo.
Paralelo ao afastamento do vereador, a Câmara investiga o parlamentar por improbidade administrativa. A Comissão de Ética do legislativo está na fase de elaboração de relatório final das investigações, que tem como base a denúncia da Operação Aprendiz, e pode resultar na cassação do mandato do vereador já na sessão do dia 17 de abril.
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) também acompanha o caso envolvendo o parlamentar social-democrata. João Emanuel é advogado e pode ter seu direito de exercer a profissão suspenso, caso seja comprovado seu envolvimento nas fraudes.
João Emanuel foi preso na manhã desta quarta-feira pelo Gaeco, durante a segunda fase da Operação Aprendiz. Ele é acusado de fraudar licitações na Câmara e foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de falsificação de documentos públicos, estelionato e corrupção passiva.
Por ter nível superior, ele está detido na Polinter, onde divide cela com o ex-deputado federal Pedro Henry (PP), que cumpre pena em regime semi-aberto pelo seu envolvimento no ‘Mensalão’. Nesta tarde, ele recebeu visita apenas do estagiário do escritório de seu advogado, Eduardo Mahon. Nenhum familiar, ou político foi visitá-lo.
Além dele, foi detido seu braço-direito, Amarildo Santos. O empresário André Luiz Guerra e o corretor de imóveis Marcelo de Almeida Ribeiro tiveram a prisão preventiva decretadas, mas estão foragidos.
A defesa do vereador tenta ainda nesta noite obter um habeas corpus para retirá-lo da prisão. O advogado Eduardo Mahon está no Tribunal de Justiça protocolando pedido de liberdade a João Emanuel.
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Quinta-Feira, 27 de Março de 2014, 07h43