Presidente da Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá, vereador Eduardo Magalhães (Republicanos), manteve cautela ao comentar sobre abertura de uma Comissão Processante para cassar os vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB), investigados por recebimento de propina na Operação Perfídia, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (29). Os parlamentares foram afastados do cargo.
Apesar da gravidade, o vereador reforçou que qualquer movimentação do nucleo dependerá da formalização da denúncia. "A Comissão de Ética só pode agir no momento em que ela é provocada. Tem que respeitar todo o trâmite legal para que se possa agir", afirmou o vereador.
Conforme noticiou o GD, a ação conduzida pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (DECCOR), apura denúncias de que os parlamentares teriam solicitado propina a um funcionário da empresa responsável pelas obras do Contorno Leste, em troca da aprovação de um projeto de lei que viabilizou pagamentos por parte da Prefeitura em 2023.
No entanto, Magalhães explicou que o colegiado precisa aguardar os desdobramentos da investigação e a comunicação formal por parte do Judiciário ou da Polícia Civil. “Se a juíza fez esse pedido, então ela vai oficializar a Câmara Municipal. A partir do momento que ela oficializar, será encaminhado então ao Conselho de Ética para que sejam feitas as reuniões, as tratativas, e sempre dentro do rito legal", disse.
O parlamentar também ressaltou recordou que processos anteriores foram judicializados e derrubados por parte de precipitações do parlamento. “Nada será feito no calor da emoção do momento, mas dentro das regras. Já vimos várias situações em que decisões tomadas com pressa precisaram ser revertidas judicialmente por falhas processuais. Isso não podemos permitir”, disse.
Raul
Terça-Feira, 29 de Abril de 2025, 21h43Antonio
Terça-Feira, 29 de Abril de 2025, 20h57