Neto vê falta de organização e falta de estrutura para apoiadores de Taques
Herdeiro do espólio político da tradicional família Campos de Mato Grosso, o empresário Júlio Neto, filho do deputado federal Júlio Campos, que estreia na política concorrendo a uma vaga na Assembleia Legislativa pelo DEM, disparou fortes críticas a Coligação Coragem e Atitude para Mudar (PDT-PP-DEM-PSDB-PSB-PPS-PV-PTB-PSDC-PSC-PRP-PSL-PRB).
Em sua visão, a campanha do senador Pedro Taques (PDT) na disputa ao governo do Estado não tem oferecido estrutura de campanha aos candidatos a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados pelo grupo da oposição, o que tem gerado desconforto no grupo político.
“Esse é o motivo pelo qual candidatos estão desistindo e enfraquecendo a campanha majoritária. Quando se chega ao comitê de campanha, não é oferecido nenhum tipo de estrutura aos candidatos a deputados como adesivo, combustível e auxílio financeiro para percorrer municípios. Se esquecem que os cabos eleitorais do candidato ao governo do Estado somos nós. Se não estruturar a campanha, nós vamos perder a eleição”, declarou, em entrevista ao FOLHAMAX.
Até o momento, já desistiram de participar do bloco pró-Taques o senador Jayme Campos (DEM), candidato à reeleição, cinco candidatos a deputado estadual e um candidato a deputado federal. No final de semana, oito candidatos do PRP a Assembleia Legislativa também anunciaram que não irão mais concorrer ao cargo.
Júlio Neto revela que vê com preocupação os rumos da campanha diante da desistência de candidatos na chapa proporcional. “Enquanto estamos batendo cabeça e brigando, o candidato José Riva tem aglutinado apoio de todos os partidos. Já tenho conhecimento de prefeitos do DEM e de outros partidos que estão nos abandonando para apoiá-lo. Isso é preocupante e a situação da campanha está muito critica”, disse.
A perda de apoio, na visão de Júlio Neto, deve ser atribuída a falta de coordenação política da campanha de Pedro Taques ao governo do Estado. “O Adilton Sachetti [ex-prefeito de Rondonópolis e coordenador geral da campanha] é muito tímido e até agora não convocou uma reunião interna com os candidatos a deputados, por exemplo, para unir todo o grupo político e fecharmos consenso a respeito do nosso projeto”.
Júlio Neto ainda observa que, embora o grupo político da oposição tenha políticos experientes como o senador Jayme Campos, o deputado federal Júlio Campos, o ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos e o prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, as decisões dos rumos da campanha eleitoral estão concentradas exclusivamente nas mãos do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB) e do prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT).
“Não adianta ter políticos experientes e capacitados se apenas Mauro Mendes e Otaviano Pivetta tomam conta de tudo e não tem articulação política de liderar uma coligação tão ampla como essa com mais de 200 candidatos. Chegou a hora de saber ouvir e ser consultado”.
Em uma análise crítica do grupo político da oposição, Julio Neto afirma que falta comando na campanha de Taques. “Ninguém respeita o outro e ninguém sabe a quem obedecer. Precisa urgentemente dar uma parada na campanha aí por dois dias, reorganizar e aí sairmos estruturados para a rua. Do contrário, a única esperança vai ser apostar na propaganda eleitoral e debate em rádio e TV para ganharmos a eleição ao governo do Estado”, completa.
Carlos Eduardo
Terça-Feira, 29 de Julho de 2014, 12h49Cleber Fortes
Terça-Feira, 29 de Julho de 2014, 12h45