A ex-vereadora de Cuiabá, Edna Sampaio (PT), que teve seu mandato cassado em 2023 por suposta prática de “rachadinha” na Câmara Municipal, assumirá uma cadeira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) a partir de agosto. Ela ficará no cargo por dois meses, mas ainda não sabe se no lugar do deputado Lúdio Cabral ou de Valdir Barranco (PT).
Henrique Lopes atualmente ocupa a vaga de Barranco. Nesta quarta-feira (18), toma posse no lugar de Lúdio a Professora Graciele, de Sinop. Edna deve assumir a cadeira em agosto e não comentou o motivo de não ter assumido antes, mesmo sendo a primeira suplente. Em entrevista à Rádio Cultura FM, nesta terça-feira (17), a petista confirmou que ocupará o cargo até outubro. “É um espaço fundamental, onde poderei vocalizar, verbalizar as coisas que eu penso e apresentar as propostas que eu acho importantes para Mato Grosso”, disse.
Apesar da visibilidade que o cargo na ALMT proporciona, Edna enfrenta um cenário jurídico delicado. A ex-vereadora foi cassada sob acusação de exigir parte do salário de sua chefe de gabinete, prática conhecida como rachadinha. O processo foi conduzido pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara e aprovado por ampla maioria dos parlamentares em outubro de 2023.
Na ocasião, o relatório apontou que Edna teria se apropriado de parte dos vencimentos de Laura Natasha Abreu, no valor de R$ 20 mil. A assessora formalizou denúncia no Ministério Público Estadual (MPMT). A cassação foi aprovada por 20 votos favoráveis, dois contrários e uma abstenção, sendo a primeira vereadora mulher negra da história de Cuiabá a perder o mandato por quebra de decoro.
Durante entrevista, Edna voltou a classificar o episódio como uma “perseguição política”. “Eu estou inelegível por oito anos porque fui vítima de uma delinquência política conduzida por Chico 2000 na Câmara Municipal de Cuiabá. E acho que todos vocês sabem disso aqui”, disparou.
Apesar da inelegibilidade imposta, Edna se considera pré-candidata para 2026. “Eu sou candidata, sim. Essa passagem pela Assembleia Legislativa é muito importante, mas minha disposição de disputar as eleições de 2026 antecede essa questão. Acredito que o que aconteceu comigo não vai se repetir, porque as instituições precisam garantir justiça”, reforçou.
Ela afirma que ainda não há uma decisão definitiva do Judiciário sobre sua situação e mantém esperança de reverter os efeitos da cassação. “Se eu não acreditasse na Justiça, seria o fim. Eu estaria desistindo da luta. As instituições vão preservar o direito de uma mulher negra, servidora pública, mãe, avó, que nunca cometeu delito algum”, afirmou.
HISTÓRICO – Edna foi eleita em 2020 com 1.713 votos, sendo a única vereadora do PT e a única mulher negra na legislatura de Cuiabá. Sua atuação foi marcada pela defesa de pautas sociais, combate ao racismo e à violência contra as mulheres. Em 2022 se candidatou a uma cadeira no Parlamento estadual obtendo 16.488 votos, mas não se elegeu.
Kegler
Quinta-Feira, 19 de Junho de 2025, 11h44Eleitor
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