Os ex-integrantes do Gabinete de Intervenção na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá entraram na justiça exigindo o pagamento de uma indenização de R$ 451 mil por danos morais do prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB), que os chamou de “nazistas”.
A representação é realizada por Deisi de Cassia Bocalon Maia, Najla Brito Lima Muller Ribeiro, Catarina Celia de Araujo Amorim, Augusto Sergio de Sousa Cordeiro, Israel Silveira Paniago, Fabio Marcelo Matos de Lima, Erico Pereira de Almeida, membros do gabinete. Danielle Pedroso Dias Carmona Bertucini, interventora da saúde, também é parte na petição, e busca sua indenização por danos morais. O valor de R$ 451 mil seria dividido entre eles em caso de vitória no processo.
Nos autos, o grupo, que “comandou” a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá entre março e dezembro de 2023, é composto por servidores públicos do Estado, e foi comparado a nazistas pelo prefeito Emanuel Pinheiro durante uma coletiva de imprensa em 1º de fevereiro de 2024.
Na coletiva, realizada para divulgar o “Relatório Situacional da Secretaria Municipal de Saúde – Pós-intervenção”, Emanuel Pinheiro fez críticas ao Gabinete de Intervenção em razão de um suposto aumento de mortes no Hospital São Benedito durante o período. O gestor de Cuiabá utilizou termos como “câmara de gás”, “sala de espera da morte”, “assassinato em massa” e “depósito de seres humanos”.
Após a coletiva - ainda no evento, mas em outra entrevista a jornalistas -, Pinheiro chamou os membros do gabinete de “nazistas cuiabanos”. Os servidores estaduais citaram a "amplitude" das reportagens realizadas por veículos de comunicação de Mato Grosso que deram destaque às declarações, entre eles o FOLHAMAX.
“Não há dúvidas da amplitude que tomaram as afirmações emanadas pelo Prefeito Municipal em desfavor dos interventores. A bem da verdade, com a pluralidade de portais de notícias e veículos, os quais possuem milhões de acessos/visualizações mensais, veiculando o mesmo acontecimento, os internautas se depararam com declarações caluniosas e inverídicas, cujo escopo é confundir e promover-se”, defendem os ex-membros do gabinete.
O pedido tramita no 2º Juizado Especial Cível de Cuiabá, que ainda não tomou uma decisão sobre o caso. A intervenção na secretaria municipal de saúde da Capital, pelo Governo do Estado, foi determinada pelo Poder Judiciário de Mato Grosso a pedido da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ).
Valdenice Tavares da Silva
Sexta-Feira, 12 de Abril de 2024, 17h46Tonho
Sexta-Feira, 12 de Abril de 2024, 17h23Observador
Sexta-Feira, 12 de Abril de 2024, 16h46Meyre
Sexta-Feira, 12 de Abril de 2024, 16h28Maedina
Sexta-Feira, 12 de Abril de 2024, 15h10