O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL) comentou a decisão do juiz da 2ª Vara de Fazenda Pública da Capital, Márcio Aparecido Guedes,que suspendeu a Comissão Processante que investiga o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), e a atitude dos vereadores de oposição em usarem nariz de palhaço durante a sessão ordinária na última quinta-feira (15), que foi cancelada por falta de quórum numa suposta manobra de base governista.
Conforme o legislador, cada parlamentar tem autonomia dentro da Casa de Leis, contudo, apontou que a decisão do magistrado em suspender os trabalhos se deve à "pressa" e a raiva de alguns parlamentares em querer julgar o atual gestor. "Foi derrubado na justiça em razão de que ela nasceu errada e esses erros acabam sendo cometidos em razão da pressa, dos anseios, da raiva de se tomar algumas medidas sem pensar, sem analisar, sem realizá-las dentro dos aspectos técnicos", disparou nesta terça-feira (21).
Segundo o juiz, a denúncia do vereador Fellipe Corrêa (PL) deveria identificar condutas concretas cometidas pelo prefeito e no que correspondente tipo infracional, bem como indicar os meios pelos quais será provado o apontamento e conter pedido determinado, sob o risco de nulidade do procedimento, por inépcia da peça de instauração. O liberal ainda foi citado como uma das "falhas" por ter participado de uma das reuniões da comissão.
Questionado sobre o uso dos narizes de palhaço por parte dos vereadores de oposição, e sobre um possível retorno da alcunha de "Casa dos Horrores" usado pela imprensa e população para se referir ao Parlamento Municipal, Chico afirmou que a Câmara é maior do que qualquer vereador.
"Este parlamento é muito maior que todos nós, então não é o erro de A, B ou C que vai denegrir ou colocar em xeque a imagem do Parlamento Municipal, que seja julgado aquele que errou, que seja julgado aquele que cometeu essa ou aquela infração, e não o Parlamento que é uma casa que está aqui para atender a população", afirmou.
CASA DOS HORRORES - O apelido foi dado devido aos sucessivos escândalos envolvendo vereadores como Chica Nunes, Lutero Ponce e João Emanuel. Em 2018, a Mesa Diretora da Câmara notificou os veículos de comunicação que utilizavam o termo, para que deixassem de se referir ao Legislativo Cuiabano com o apelido pejorativo. Na atual gestão, o termo "caiu em desuso", mas diante de tantos bate-bocas e trocas de farpas, voltou a ser lembrado.