Política Terça-Feira, 11 de Outubro de 2022, 00h:03 | Atualizado:

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R$ 200 MILHÕES

CNJ sugere sindicância em 3 desembargadores por "sumiço" de documento no TJ-MT

Servidor há 30 anos no Judiciário confessou retirada de petição

LEONARDO HEITOR
Da Redação

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 Inspeção foi comandada pelo desembargador de SP, Carlos Vieira

Uma inspeção realizada pelo Conselho Nacional de Justiça sugeriu a insturação de uma sindicância para investigar três desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), além de um servidor que atua no órgão há 30 anos. Eles serão investigados por conta de supostas irregularidades no curso do julgamento de uma apelação cível.

Entre os apontamentos feitos estão a exclusão, sem determinação judicial, de um documento presente em um processo. O CNJ determinou à sua própria Secretaria Processual a instauração de sindicância contra as desembargadoras Marilsen Andrade Addário, Clarice Claudino da Silva e o desembargador Sebastião de Moraes Filho.

Também será investigado o servidor Joadir Gerson de Campos, que confessou ter praticado a irregularidade apontada. Segundo o relatório, o CNJ recebeu a informação de que existiam possíveis irregularidades em uma ação judicial que tramitou na Segunda Câmara de Direito Privado do TJMT.

A defesa de uma das partes pedia a suspeição do desembargador Sebastião de Moraes Filho por ter, supostamente, ter ligação com um escritório de advocacia. A ação trata de uma disputa judicial de uma propriedade rural avaliada em R$ 200 milhões, localizada em Sinop.

A defesa de uma das partes alegou que o desembargador Sebastião de Moraes Filho teria acompanhado a relatora em um voto, mas o acórdão não pode ser finalizado por falta da complementação da desembargadora que relatou o recurso decidir sobre questões de sucumbência, além de perdas e danos. O advogado então relatou que na votação seguinte, o desembargador alterou seu voto.

Ao examinar o processo, o CNJ identificou a exclusão, sem determinação judicial, de um documento que instruiu uma petição realizada no sistema processual PJE. Nominado como ‘Doc 18 Cédula de Crédito Bancário’, o mesmo, na prática, seria um dossiê relatando supostas práticas de atos de corrupção. O material foi recuperado pela Secretaria de Tecnologia da Informação do TJMT, embora ainda não tenha sido restaurado no bojo dos autos onde estavam localizados.

Em depoimento ao CNJ, o servidor alegou que retiro o documento após ser procurado por um advogado, cujo nome não é revelado. “Identificado o servidor responsável pela supressão daquele documento dos autos digitais (Joadir Gerson da Campos) e inquirido a respeito, confirmou a prática da irregularidade, afirmando, na ocasião, haver sido procurado por advogado que, alegando haver anexado aquele documento por equívoco aos autos, solicitou sua retirada, o que teria sido providenciado pelo servidor, mesmo sem determinação superior ou judicial. Tal procedimento denota grave irregularidade, confessada pelo servidor que reconheceu a prática de ato irregular, dizendo tê-lo feito espontaneamente e sem qualquer ordem ou benefício pessoal, a despeito de mais de 30 anos de atuação no serviço público, e que merece ser apurado em procedimento autônomo adequado”, diz trecho do relatório do CNJ obtido com absoluta exclusividade pelo FOLHAMAX.

A inspeção realizada pelo CNJ no TJMT foi coordenada pelo desembargador Carlos Vieira Von Adamek, do Tribunal de Justiça de São Paulo. A equipe foi formada ainda por outros dois desembargadores, dois juízes federais e outros três juízes estaduais. A vistoria foi feita entre os dias 1 e 4 de agosto deste ano e será ainda submetida ao plenário do CNJ.

 





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Comentários (10)

  • [email protected]

    Terça-Feira, 11 de Outubro de 2022, 20h41
  • É só começar q esse mato sai coelho... senhores do estado de Mato Grosso deuses do Olimpo, saem quem quer, processos de amigos e milionários.... investiga que mais gente vai tb
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  • Cidadão

    Terça-Feira, 11 de Outubro de 2022, 14h19
  • Mais um ato arbitrário do decano para deslegitimar a Desembargadora Clarice a presidência do Supremo Tribunal de Justiça de MT
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  • Saulo

    Terça-Feira, 11 de Outubro de 2022, 11h59
  • Essas matérias da nojo em ler e dizer que existe isso no poder judiciário, e outras falcatruas que não conseguem pegar. Se forem culpados e punidos vao ser aposentados e continuar recebendo os polpudos salários.
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  • Beatriz

    Terça-Feira, 11 de Outubro de 2022, 10h54
  • Folhamax ta parecendo a campanha eleitoral pra presidente, so materia sensassionalista, pra denegrir a imagem dos candidatos a nova diretoria. Melhorem. Maldade encomendada.
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  • servidor Indignado

    Terça-Feira, 11 de Outubro de 2022, 10h53
  • Nunca que um servidor com 30 anos de tribunal ia se meter numa confusão dessas sem ninguem mandar. Mas não duvido que, mais uma vez, a culpa acabar sendo de um servidor... No TJ-MT, a corda sempre estora no lombro do mais fraco... e os deusembargadores ainda vão sair como injustiçados. PF neles!
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  • J A Silva

    Terça-Feira, 11 de Outubro de 2022, 08h28
  • Mais uma prova! Quando criticamos o judiciário acham rim! O que dizem agora?
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  • Ouvidor

    Terça-Feira, 11 de Outubro de 2022, 08h10
  • Essa história está pela metade! Muito dinheiro, muita confusão e muito segredo para ficar tudo na conta do coitado do servidor. E se ele confessou, por que mandou abrir sindicância conta todo mundo? Por que mandou abrir sindicância contra os três desembargadores?
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  • Thor

    Terça-Feira, 11 de Outubro de 2022, 07h51
  • Até que ponto o ser humano chega por conta de poder tentando denegrir a imagem de pessoas de bem. Chincana eleitoreira não dá vitória a ninguém. Deus honra os retos de coração
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  • Benedito Rubens de Amorim

    Terça-Feira, 11 de Outubro de 2022, 05h48
  • Trinta anos de serviço jogado fora por um ato de fazer favor num processo de milhões de reais, de forma gratuita. Acredita se quiser.
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  • Benedito Rubens de Amorim

    Terça-Feira, 11 de Outubro de 2022, 01h53
  • Minha nossa senhora! Agora o desembargador José Zuquim terá ampla vantagem pra presidente do TJ MT? Ela não é a candidata a presidente contra ele?
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