Lucas Vaz, diretor da Escola Estadual Liceu Cuiabano, se manifestou a respeito das críticas envolvendo a tradicional festa junina da unidade escolar, realizada na última sexta-feira (27) que contou com show de funk do DJ Kuririn e que teria tocado músicas com insinuações sexuais. Em nota pública, o dirigente afirmou que o arraiá foi um sucesso e que o julgamento partiu de quem sequer conhece o ambiente escolar, enfatizando que os pais, responsáveis e os alunos não reclamaram do evento.
Ainda conforme o diretor, mais de R$ 40 mil foram arrecadados que serão revertidos para a reforma da biblioteca que teve parte queimada por um curto-circuito em janeiro deste ano. O restante vai para a manutenção dos banheiros dos estudantes e professores da unidade escolar.
A prestação de contas deste recurso é feita para o Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar e é pública. Ele afirmou que o evento não comercializou bebida alcoólica e não houve uma intercorrência sequer sobre violência ou roubo.
Todos os alvarás necessários foram elaborados e teve ainda a premiação de um Iphone de última geração do projeto de Leitura de 2024 da biblioteca integradora , além de sorteio de diversos brindes durante a noite. "A alegria de quem estava na festa contagiava. Os pais, responsáveis e profissionais sempre com elogios sobre como estava “bonita”, “colorida”, “divertida”, “organizada” e “animada”.
"Isso reflete no fato de que não houve uma reclamação formal sequer de pais e responsáveis na escola e nem na Secretaria Estadual de Educação do nosso Arraiá, a não ser alguns questionamentos midiáticos à mantenedora, mas nunca à unidade escolar", diz trecho.
As críticas mais ferrenhas partiram da vereadora Michelly Alencar (UB), que defendeu até punição devido às músicas de funk do DJ Kuririn,que toca a conhecida "ritmada cuiabana". Já Rafael Ranalli (PL) apresentou projeto de lei para proibir músicas de cunho sexual em escolas e festas.
O vereador Daniel Montero (Republicanos) também criticou o 'baile funk', mas achou exagerado pedido de demissão do diretor. "Esta nota é para a cidade que acredita em sua própria cultura, para a “pequenina mídia” sensacionalista que iniciaram e estão dando continuidade à polêmica e para os parlamentares de rede sociais que insistem em aparecer nas Escolas Estaduais com seus celulares em riste para filmar, constranger e forçar uma aproximação que não existe com os profissionais da educação. Frisamos também que estes mesmos parlamentares e “pequeninas mídias” nunca foram ao Liceu Cuiabano para fala sobre a biblioteca que pegou fogo, para apoiar a reforma necessária da unidade escolar ou ver os próprios problemas elétricos e de telhado que nos mesmos cobraram a reconstrução do muro na saída da Rua São Sebastião, já vindos diversos problemas com usuários de droga entrando na unidade escolar pela parte que não está mais de pé", disparou a diretoria.
Nesse sentido, a nota do Liceu é bem clara ao afirmar que a celebração da diversidade cultural cuiabana e brasileira foi o foco da festa. "A ampliação de repertório, considerando a diversidade cultural, de maneira a abranger produções e formas de expressão diversas—literatura juvenil, literatura periférico-marginal, o culto, o clássico, o popular, cultura de massa, cultura das mídias, culturas juvenis etc". Afirmou ainda que a festa foi para a comunidade e contou com siriri, capoeira, quadrilha, comida típica acessível, lambadão com a banda Novo Som e o último show do DJ Kuririn.
Por fim, afirmou que a unidade escolar conversou com a produção do DJ explicando que seria necessário a censura ao conteúdo mais explícito de algumas músicas, devido a escola ser de ensino médio e que poderia gerar alguma repercussão negativa. "90% das músicas foram censuradas, mas infelizmente o artista ao se ausentar da mesa de mixagem e som, não se preocupou em cortar as músicas antes de seus momentos de interação com a plateia e foi nessa oportunidade que o vídeo mais repercutido ocorreu. Também não concordamos com a situação ocorrida e que nos próximos eventos situações semelhantes não ocorrerão".
Conforme a instituição, em 2024 mais de 80 alunos foram aprovados em Universidades Federais. Além disso, em 2025 90% dos estudantes estão inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), pois a meta da escola é ter mais de 100 aprovados. "Isso só demonstra que a tentativa de deturpar essa escola centenária, e que só melhorou nos últimos anos de gestão, é vil e desproporcional. Gostaríamos de convidar as autoridades a participarem dos nossos próximos eventos e a visitar nosso espaço educativo se realmente tiverem boas intenções com a formação científica e para o trabalho de nossos estudantes. Temos muito a oferecer e precisamos muito do apoio destes pares para ajudar a sanar as dificuldades que recaem sobre todas as escolas públicas brasileiras, e com o Liceu Cuiabano não é diferente", finaliza.
CADA UMA....
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