O mal estar entre líderes do PMDB e do PT, na Câmara Federal, não deve gerar reflexos negativos no campo político estadual. Essa é a avaliação dos presidentes estaduais do PMDB, Carlos Bezerra, e do PT, William Sampaio. 

Bezerra, um dos críticos do governo federal, confia na chance de as duas legendas resgatarem a “paz política”, pontuando a necessidade de interferência da presidente Dilma Rousseff para acalmar os ânimos. “Existe uma situação complicada no Congresso sobre questões relacionadas ao governo federal. O PT não tem tido a habilidade suficiente para lidar com isso e esse quadro precisa ser resolvido porque não dá mais tempo para o PMDB deixar esse projeto. Vai pra onde?”, questiona o líder peemedebista.

A celeuma entre as siglas ficou ainda mais evidente nesta semana, quando o líder da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), questionou em redes sociais a manutenção da aliança com o PT, nos planos de reeleição de Dilma. De quebra, ele cutucou o presidente do PT nacional, deputado Rui Falcão (SP), provocando reação em cadeia de petistas. “A cada dia que passa me convenço mais que temos de repensar esta aliança, porque não somos respeitados pelo PT”, escreveu Cunha em sua página no Twitter.

Assim, só restou à cúpula das referidas legendas avaliarem a forma de conter o avanço do embate aberto entre o peemedebista, um dos principais articuladores do blocão dos insatisfeitos com o governo federal, e o dirigente nacional do PT. Para Sampaio, esse campo de imbróglio tende a ser resolvido, não atingindo o quadro estadual. “São questões que as vezes surgem por algumas insatis-fações, mas que serão com certeza contornadas. Em Mato Grosso a aliança está selada para 2014”.