A dívida herdada pela atual gestão da Prefeitura de Cuiabá, liderada pelo prefeito Abilio Brunini (PL), já superou a marca de R$ 2 bilhões, conforme revelou Murilo Bianchini, presidente da Comissão de Apoio Técnico de Renegociação de Contratos. O valor é superior ao inicialmente estimado de R$ 1,6 bilhão, divulgado em janeiro deste ano quando gestão municipal decretou situação de calamidade financeira.
Bianchini explicou que o montante da dívida deve aumentar ainda mais nos próximos meses, à medida que a comissão avança na análise dos contratos e identifica novos passivos. “Isso foi bem apontado pelo secretário Marcelo Bussiki. A gente tinha uns restos a pagar que, somados a toda a dívida deixada para a Prefeitura atual, já superam R$ 2 bilhões”, disse em entrevista à rádio CBN Cuiabá nesta segunda-feira (24).
O presidente da comissão destacou que parte do desafio é verificar a validade dos serviços prestados por empresas contratadas. “Ainda estamos pedindo para as empresas procurarem as secretarias para que a gente possa atestar os serviços que foram feitos, porque tem serviços que eles falam que prestaram, mas não estão nem atestados”, explicou.
Inicialmente, a comissão identificou 700 contratos nas secretarias municipais, mas, após o primeiro mês de trabalho, esse número saltou para mil. Diante do volume, Bianchini pediu aos secretários que apontassem quais contratos poderiam ser cancelados ou suprimidos.
O objetivo é economizar recursos. “Esses secretários já nos apontaram cerca de 80 contratos que podem ser cancelados ou não demandados. E também nos indicaram cerca de 280 contratos, nesse primeiro momento, que já podem ser suprimidos”, disse.
Os contratos suprimidos são aqueles que a Prefeitura busca renegociar para manter o serviço, mas com redução de custos. Bianchini ressaltou que a análise dos contratos revelou sobreposições e repetições de serviços dentro das secretarias, o que reforça a necessidade de uma gestão mais centralizada e eficiente. "Agora, a gestão é macro, é do prefeito junto com os secretários. Então, não existe mais a figura de cada secretaria puxar para si um valor contratual. A gente precisa pensar em economicidade”, detalhou.
Apesar do cenário financeiro desafiador, Bianchini acredita que a gestão conseguirá cumprir a meta de economizar R$ 100 milhões em 100 dias, promessa feita pelo prefeito Abilio. “Cada vez mais, e estamos falando de uma comissão que está há pouco mais de 40 dias tomando partido de tudo isso, mas dentro do que já foi apontado pelos secretários dos cancelamentos e das supressões, acredito que facilmente vamos atingir a meta que o prefeito passou de economia de R$ 100 milhões nos três primeiros meses”, afirmou.
Roni
Segunda-Feira, 24 de Fevereiro de 2025, 18h37Salas
Segunda-Feira, 24 de Fevereiro de 2025, 17h51Fabrício Farias
Segunda-Feira, 24 de Fevereiro de 2025, 17h04Joaquim da silva
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Segunda-Feira, 24 de Fevereiro de 2025, 15h22Não Eleitor de Mato Grosso
Segunda-Feira, 24 de Fevereiro de 2025, 14h41João bucudo
Segunda-Feira, 24 de Fevereiro de 2025, 14h07