Política Segunda-Feira, 21 de Setembro de 2015, 12h:30 | Atualizado:

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VÍDEO NA SODOMA

Delator entregava cheques a Nadaf e diz estar "arrependido"

Dono de empresa diz desconhecer envolvimento de Silval

TVCA

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Trechos do depoimento do empresário João Batista Rosa, um dos sócios do grupo Tractor Parts, à Delegacia Fazendária revelou que mesmo fora dos cargos, os dois ex-secretários de estado Pedro Nadaf (Casa Civil e de Indústria, Comércio, Minas e Energia e da Casa Civil) e Marcel de Cursi (de Fazenda) solicitaram repasses financeiros das empresas em troca de benefícios fiscais. Em um acordo de delação premiada, o empresário denunciou o esquema de corrupção e alegou ter sido extorquido pelo grupo político.

As denúncias sobre fraudes no programa estadual de incentivos fiscais são investigadas na operação Sodoma, que resultaram nas prisões do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), no último dia 17, e dos dois ex-secretários, que estão no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) desde o dia 15. As defesas negam que os acusados tenham cometido irregularidade ou sonegação fiscal.

As investigações apontam que o ex-governador e seu grupo cobraram propina do empresário desde 2011 no pretexto de mantê-lo inserido irregularmente no programa de incentivos. Os valores obtidos chegaram a pagar dívidas de campanha eleitoral do ex-governador, segundo a delação do empresário que se diz extorquido. O depoimento foi obtido com exclusividade pela reportagem.

Na delegacia, o empresário é questionado pelos delegados sobre os motivos que o levaram a celebrar o acordo da delação premiada com o Ministério Público Estadual (MPE). João Batista diz que não conseguia mais conviver com essa situação e ainda corre o risco de sofrer um processo. “Isso estava me tirando a paz, me tirando o sossego”.

As investigações apontaram que o empresário tinha uma ligação próxima com o ex-secretário Pedro Nadaf. Os dois eram dirigentes da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio) e, assim que Nadaf assumiu o cargo de secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, 2011, o empresário o teria procurado. João Batista teria solicitado ao então secretário a liberação de crédito de ICMS no valor de R$ 2,5 milhões, que estavam retidos na Secretaria de Fazenda e a inclusão das suas empresas no Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic).

O empresário relata à polícia que Nadaf agendou uma reunião com o então secretário de Fazenda, Marcel de Cursi, que sugeriu que o incentivo fosse concedido. “Desde que eu desistisse dos créditos que eu tinha direito. Depois que foi feito o incentivo e assinado o protocolo e já registrado na Secretaria de Fazenda, aí o Pedro me chamou para uma reunião e me disse: nós estamos te ajudando, mas precisamos da sua ajuda. Precisamos de R$ 2 milhões porque nós ainda temos dívidas de campanha”, declarou.

Ao ser questionado, o empresário disse ainda que foi vítima de extorsão para se manter no Prodeic de 2011 a 2014 e que o grupo teria pedido que ele pagasse o valor exigido em quatro parcelas de R$ 83 mil cada, fora cheques emitidos todo mês com valores de R$ 30 mil. Os depósitos teriam sido feitos em várias contas bancárias e distribuídos para oito pessoas. Essas pessoas seriam todas do círculo pessoal de Nadaf e são apontadas pela Polícia Civil como beneficiárias do esquema. Todas já foram todas interrogadas nesta mediante cumprimento de mandados de condução coercitiva expedidos pela Sétima Vara Criminal da capital.

Porém, este ano, o governo do estado entrou em contato com o empresário para que ele regularizasse a situação das empresas junto ao Prodeic. Faltariam documentos, e assim ele não poderia permanecer no programa de incentivos fiscais.

PRESENÇA DE SILVAL

João Rosa argumento em depoimento que os dois ex-secretários mantiveram essa documentação na irregularidade de propósito. Para mantê-lo sob controle e assim continuarem recebendo as parcelas mensais de propina. Contudo, o empresário disse que não sabe se o governador Silval Barbosa teve participação no esquema.





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Comentários (8)

  • Juliano

    Segunda-Feira, 21 de Setembro de 2015, 21h47
  • Na Sefaz ninguém gosta do Marcel. É esperto, traidor e tem a delação no dna. Quem o conhece sabe disso. Agora esperto mesmo é o pedro Nadaf. Envolveu a mulher velha, a nova, fez farra com a amante na boate do filho do Blairo e pagou a todos com os cheques da extorsão. Eu estou e com inveja...
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  • KLAJ

    Segunda-Feira, 21 de Setembro de 2015, 16h52
  • AMIGO CPA, FAÇO UMA PERGUNTA BEM SIMPLES: SE NÃO HOUVESSE DELAÇÃO NA LAVAJATO VOCE ACREDITA MESMO QUE O ESQUEMA SERIA DESBARATADO NESSE SÉCULO ???? IA PRA GAVETA DO ESQUECIMENTO. AGORA QUANDO APERTA O MALANDRO ELE MIA E SOLTA A VERDADE. PENSA MAIS AMIGO, VOCÊ TEM CAPACIDADE.
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  • Cpa

    Segunda-Feira, 21 de Setembro de 2015, 16h22
  • Delação premiada e uma piada. Primeira vez que ouço e vejo a justiça acreditar em corrupto.
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  • DORALICE FREITAS

    Segunda-Feira, 21 de Setembro de 2015, 15h50
  • Esse empresário faz parte do mesmo grupo da Fecomercio, lá é o ninho da rainha, ali esta todo o problema há mais de vinte anos. Fecomercio, são sempre os mesmos diretores, FCDL, CDL, FACMAT, ACC, e outros sindicatos de amigos e parentes, inclusive muitos sindicatos de gaveta que votam e dão maioria para os mesmos há anos. Na Fecomercio tudo é fraude.
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  • Renata Munhos

    Segunda-Feira, 21 de Setembro de 2015, 14h53
  • Pura mentira pois o João Rosa é muito esperto , ele está falando isto para tirar o dele da reta pois sabe que é tão corrupto como os demais . O João Rosa tem que devolver o dinheiro do imposto de que deixou de recolher poque o benefício fiscal das empresas dele é irregular porque se o comércio pudesse ter benefício fiscal de ICMs a rua 13 de junho ninguém pagaria icms e todo mundo no comércio paga icms. Agora vem dar uma de santo falando mansinho pois se pagou 2.600 milhões é porque ganhou no mínimo 10milhoes e ele confessou que quem procurou o Pedro foi ele é com certeza topou o negócio é agora quer sair fora , gostaria de saber quem ele quer enganar com este depoimento . Dr Selma cadeia nele já .
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  • Marcela Fonseca

    Segunda-Feira, 21 de Setembro de 2015, 14h39
  • Essa Turma Boa apoia um candidato nas eleições da OAB. Advogados, fiquem de olhos abertos.
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  • Paula

    Segunda-Feira, 21 de Setembro de 2015, 14h18
  • Esse empresário corrupto deveria estar na cadeia também!!!! Não se enganem, a estratégia da defesa é transformar o bandido em santo, para ganhar a simpatia da população. CADEIA NELE!!!!
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  • joao alves

    Segunda-Feira, 21 de Setembro de 2015, 13h09
  • tudo bem que o Pedro e Marcelo são malas nesse episódio, mas pque que o empresário lá em 2011 qdo começou a negociata não denunciou o esquema ao MPE ou a POlicia, se calou pque foi beneficiado e agora quer dar um de santinho, é mala tbem como os outros.
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