Política Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 08h:35 | Atualizado:

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POLÊMICA DOS ARTIGOS

Delegado garante que MP “senta na imoralidade” e avisa que provará divisão de duodécimo em MT

Flávio Stringuetta diz não estar preocupado com denúncia: "vai ser divertido"

WELINGTON SABINO
Da Redação

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"Tenho certeza que vou ser absolvido, não é nem arquivado, é absolvido. Nenhum dos crimes ali existe". A declaração é do delegado da Polícia Civil, Flávio Henrique Stringueta, em resposta ao processo criminal por "calúnia, injúria e difamação" ajuizado pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra ele por causa de uma série de artigos de opinião criticando a "imoralidade" do órgão ficalizador. O pano de fundo da briga é uma licitação do MPE para comprar 400 aparelhos smartphones ao custo de R$ 2,2 milhões, dos quais 201 serão Iphones que custarão R$ 1,6 milhão, medida durante criticada pelo delegado nos artigos publicados na imprensa.  

A denúncia criminal foi assinada pelo promotor Marcos Regenold Fernandes nesta terça-feira (6). Em entrevista ao FOLHAMAX, o delegado afirmou que vai mostrar que não mentiu e nem caluniou qualquer membro do Ministério Público. "Já era esperado, eles obviamente não devem ter gostado, e alguma coisa eles iriam fazer, não me surpreendeu. Até no primeiro artigo eu já falo que certamente seria processado e caso processado iria demonstrar o que eu estava escrevendo. Não estou nem um pouco preocupado e ainda acredito que vai ser divertido. É mais uma ação que a gente vai ganhar, não tenho medo de processo não", comenta Stringueta. 

Para o delegado, a reação do Ministério Público ao processá-lo por causa de sua opinião externada em artigos assinados por ele, é uma confissão de culpa. "Eu vejo assim: quando a pessoa não tem como se defender, ela ataca. O que eu esperava com os meus artigos era alertar o Ministério Público que eles estavam indo contrário à visão da sociedade e ficou demonstrado em todos comentários que a gente via nos sites que publicaram. O que eu esperava do Ministério Público  era que eles voltassem atrás e falassem:  olha, erramos aqui, realmente os smarthphones não era hora de adquirir. Quando eu falo de imoralidade é diferente de ilegalidade, pelo que eles falaram está dentro da lei, tá bom, mas é imoral", reafirma o delegado.

Após o episódio, Stringueta foi desligado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) pela Diretoria-Geral da Polícia Civil no dia 1º de março e transferido para  a 2ª Delegacia de Polícia do Carumbé, no Planalto, em Cuiabá. Apesar disso, Stringuetta não está arrependido. "Eu disse no primeiro artigo que o Ministério Público é uma instituição imoral porque eles sentam na própria imoralidade pra ficar apontando a dos outros. No caso da denúncia contra mim é isso, eles ignoram os erros que estão cometendo e atacam o mensageiro", enfatiza. 

Quanto às críticas por causa da compra dos smarthopnes, que também partiram de boa parte da população e motivou a propositura de duas ações na Justiça para tentar barrar a compra, o delegado observa que a instituição comandada pelo procurador José Antônio Borges Pereira deixou claro que não está preocupada. "Eles ignoraram. Pelo que eu ouvi do procurador-geral de Justiça, ele está pouco se lixando pra opininão pública, o dinheiro que estão utilizando é público, mas ele não está se interessando em, no mínimo, prestar contas pra sociedade. Todo ato administrativo tem que ser pautado, dentre vários requisitos, pela moralidade também. Poderia sim essa licitação ter sido paralisada por falta desse requisito. Não é hora pra isso, nós nem temos tecnologia 5G aqui e ele fala que precisa adquirir esses celulares por conta da nova tecnologia 5G", argumenta Flávio Stringuetta.

Em sua avaliação, os membros do Minstério Público não aceitam críticas e querem demontrar isso, como se considerassem superiores aos demais cidadãos mato-grossenses. "Eles ficaram ofendidos por um contribuinte, um membro da sociedade que, por acaso é delegado de polícia, ter pisado no calo deles, por ter ousado se manifestar sobre situações que beneficiam eles e prejudicam a sociedade. Eles estão me denunciado pra isso, para talvez dar uma resposta pros outros, que a gente não admite isso. Eu nem sei a intenção deles, só sei que vou ser absolvido, não tenho dúvidas disso", enfatiz o delegado.

RESTO DE DUODÉCIMO 

Na ação criminal, o Ministério Público reclama que Flávio Stringuetta acusou promotores de Justiça de "ratearem" entre si as sobras do duoédicimo, que é o orçamento que o órgão recebe do Governo do Estado, um repasse constitucional para custeio dos gastos da instituição. 

Ao FOLHAMAX, o delegado confirma que isso acontecia ele vai provar na Justiça. "Eu tenho informações bem precisas de que havia num passado não muito distante a divisão dos restos do duodécimo entre os promotores de Justiça, isso seria apropriação indébita, segundo a análise deles. Ai eles falam que estou cometendo calúnia, mas não é calúnia. Só é calúnia quando você tem certeza que o negócio não acontecia. Eu acredito que vou demonstrar que isso acontecia sim. Essa é a intenção", relatou.

Conforme o delegado, uma forma de os promotores demosntrarem que tal prática não acontecia seria abrindo o sigilo de cada um. "Se não acontecia eles não têm que ficar bravos, eles poderiam até ter aberto sigilo de todo mundo para mostrar que nunca receberam. Eu não teria escrito o artigo se não soubesse o que estava fazendo. Tudo eles estão pegando do primeiro artigo". 

AUXÍLIO MORADIA EM LUCAS

Flávio Stringueta também comentou sobre a argumentação do Ministério Público ao apontar que ele também recebia um auxílio no período em que atuou como delegado no município de Lucas do Rio Verde (354 km de Cuiabá) durante 8 anos e 4 meses, entre 2001 a 2009. "Isso não ajuda em nada na situação deles, isso demonstra o que escrevei no primeiro artigo, o Ministério Público é imoral porque senta na própria imoralidade e fica procurando as imoralidades dos outros. Demonstra o que eu escrevi, basicamente isso", contrapõe.

Sobre esse benefício, Flávio Stringuetta explica que na época ele não tinha residência e havia um acordo com a Prefeitura de Lucas do Rio Verde para fornecer  um auxílio para várias autoridades na cidade. "Não era só a mim não. As prefeituras eram carentes de autoridades e havia uma disputa grande, eles atraíam essa mão de obra oferecendo alguns benefícios desse tipo: auxílios para moradia, auxílios para delegacia, teve delegados que eu fiquei sabendo que moravam em em hotel tudo pago pela Prefeitura, não era o meu caso". 

Por fim, ele observa que o auxílio era pago por meio de uma lei municipal e questiona o motivo de o Ministério Público não ter questionado a lei no início, quando foi publicada. "E olha a falta de bom senso, o Ministério Público na época, um mês antes de eu sair da cidade, fez um TAC com a prefeitura pra parar de dar esse auxílio, mas ao mesmo tempo eles aceitaram receber o auxílio moradia, dois pesos e duas medidas", afirma o delegado. 

 





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Comentários (17)

  • M?rio Figueiredo

    Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 20h46
  • "Eu disse no primeiro artigo que o Ministério Público é uma instituição imoral porque eles sentam na própria imoralidade pra ficar apontando a dos outros".... É mentira?????????????????????????????? Chega o pau delegado,o povo passando fome e esses cretinos comprando com dinheiro público celulares de última geração??? Canalhice!!!
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  • Bota pra derreter Stringueta

    Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 18h57
  • Stringueta SENADOR. Prove o que disse , desmoralize de vez esses vestais imorais do MPE e ganhe a população ao seu lado.
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  • alexandre

    Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 16h51
  • MP quer atrapalhar vacinação de policiais, facil pra quem não está presencial...
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  • Alvarenga

    Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 12h13
  • Esse delegado usa de hipocrisia. Mete o pau no auxilio moradia dos membros do MP mas recebeu por quase 10 anos. Como assim? Pros outros é imoral mas pra ele nao? Kkkkkkkk. Ele pediu desculpas pros cara e agora ta falando que vai provar? Acho q ele ficou bravo porque o MP tirou o auxilio dele. Acorda povo burro. Leiam as coisas antes de falar m...
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  • S?rgio

    Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 12h05
  • Se quer se redimir, entregue os podres da época da grampolandia que são muitos e e senhor sabe. Ninguém lá foi punido.
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  • Alfredo

    Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 10h57
  • Deixa ver se entendi. Ele diz q o aux moradia dos promotores é imoral. Mas o dele nao era? Por que entao nao aceitou? Li tambem q ele diz que teve divisao de duodecimo. Mas porque pediu DESCULPAS da outra vez qie foi processado pela mesma acusacao e se retratou? Essa conta na tá fechando. Ta me parecendo mais um daqueles politicos q nao olham pro proprio rabo. DIFICIL.
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  • Alfredo

    Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 10h55
  • Deixa ver se entendi. Ele diz q o aux moradia dos promotores é imoral. Mas o dele nao era? Por que entao nao aceitou? Li tambem q ele diz que teve divisao de duodecimo. Mas porque pediu DESCULPAS da outra vez qie foi processado pela mesma acusacao e se retratou? Essa conta na tá fechando. Ta me parecendo mais um daqueles politicos q nao olham pro proprio rabo. DIFICIL.
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  • REVOLTADO

    Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 10h44
  • PARABÉNS DELEGADO !!! SE VC PROVAR O QUE DIZ, TERÁ MEU APOIO POLÍTICO INCONDICIONAL ! POIS ESSE MP SÓ BENEFICIOU TIPOS COMO SILVAL, RIVA E TODOS OS INDICIADOS NO ESTADO ! MORALIZAÇÃO JÁ !!
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  • Valmir Brito

    Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 10h43
  • Parabéns delegado, a maioria da população séria apoia suas manifestações e repudia os abusos do MPE que cospe na cara do povo gastando dinheiro público com aparelhos caríssimos, enquanto muitos passam fome por conta da pandemia. Sem falar nos salários acima do teto do STF, as duas férias por ano pagas em cash, o vergonhoso auxílio moradia e o escandalo dos precatórios. Continue lutando, delegado.
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  • rafaella

    Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 10h29
  • esse delegado quer ibope, procurando popullaridade para beneficio proprio politica
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  • Thalles

    Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 09h58
  • Poderia aproveitar e abordar a parte do FETHAB que fica com a PGJ-MT. É de dar vergonha.
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  • Dandara

    Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 09h54
  • E viva o Stringuetta!!! Nunca vi o MPE ser posto tão em cheque. E olha que o delegado não fala da incompetência dos membros na sua atuação. Fala de imoralidade. Pra mim, crimes como do VLT e tantos outros não aconteceriam se o MPE fosse atuante.
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  • Raimundo

    Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 09h17
  • O MP no MT é uma vergonha e deveria ser investigado, mas só a PF para fazer isso, esse senhor só disse o que 99% do cidadão de MT queria dizer.
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  • Junior

    Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 08h56
  • E agora eles atacam a categoria toda como se fosse retaliação. Nunca ouvi esse termo "policial de gabinete", como se todo policial não estivesse exposto, seja na delegacia ou na viatura. Quando a barata voa, vcs cansam de ler as operações que englobam reforço de todos os setores das polícias. O MPE quis atingir uma pessoa ao custo de milhares de vidas, vingativos e imorais.
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  • N?o sou petista ? que se foda o bozo

    Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 08h55
  • Eu quero é que se explodam, esse cara é bozoloide e maçom, duas coisas que eu desprezo, estão acabando com o Brasil e o pobre de direita emocionado caindo na conversa desses falsos heróis mas o que eles querem é se beneficiarem e arrebenta r com o povao mas fazer o que né, brasileiro é carente de herói, de mito, e estamos na merda e ainda defendem esse bosta de governo.
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  • Jo?o

    Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 08h51
  • Este MPE tá se tornando casa dos horrores, vai ganhar o título da Câmara de Cuiabá .
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  • oliveira

    Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 08h49
  • KKKK SUJOS FALANDO DO MAL LAVADO ]E POR AI MESMO DR. O MP COMO VARIOS ORGAOS DE GOVERNO TEM MORDOMIAS
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