"Tenho certeza que vou ser absolvido, não é nem arquivado, é absolvido. Nenhum dos crimes ali existe". A declaração é do delegado da Polícia Civil, Flávio Henrique Stringueta, em resposta ao processo criminal por "calúnia, injúria e difamação" ajuizado pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra ele por causa de uma série de artigos de opinião criticando a "imoralidade" do órgão ficalizador. O pano de fundo da briga é uma licitação do MPE para comprar 400 aparelhos smartphones ao custo de R$ 2,2 milhões, dos quais 201 serão Iphones que custarão R$ 1,6 milhão, medida durante criticada pelo delegado nos artigos publicados na imprensa.
A denúncia criminal foi assinada pelo promotor Marcos Regenold Fernandes nesta terça-feira (6). Em entrevista ao FOLHAMAX, o delegado afirmou que vai mostrar que não mentiu e nem caluniou qualquer membro do Ministério Público. "Já era esperado, eles obviamente não devem ter gostado, e alguma coisa eles iriam fazer, não me surpreendeu. Até no primeiro artigo eu já falo que certamente seria processado e caso processado iria demonstrar o que eu estava escrevendo. Não estou nem um pouco preocupado e ainda acredito que vai ser divertido. É mais uma ação que a gente vai ganhar, não tenho medo de processo não", comenta Stringueta.
Para o delegado, a reação do Ministério Público ao processá-lo por causa de sua opinião externada em artigos assinados por ele, é uma confissão de culpa. "Eu vejo assim: quando a pessoa não tem como se defender, ela ataca. O que eu esperava com os meus artigos era alertar o Ministério Público que eles estavam indo contrário à visão da sociedade e ficou demonstrado em todos comentários que a gente via nos sites que publicaram. O que eu esperava do Ministério Público era que eles voltassem atrás e falassem: olha, erramos aqui, realmente os smarthphones não era hora de adquirir. Quando eu falo de imoralidade é diferente de ilegalidade, pelo que eles falaram está dentro da lei, tá bom, mas é imoral", reafirma o delegado.
Após o episódio, Stringueta foi desligado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) pela Diretoria-Geral da Polícia Civil no dia 1º de março e transferido para a 2ª Delegacia de Polícia do Carumbé, no Planalto, em Cuiabá. Apesar disso, Stringuetta não está arrependido. "Eu disse no primeiro artigo que o Ministério Público é uma instituição imoral porque eles sentam na própria imoralidade pra ficar apontando a dos outros. No caso da denúncia contra mim é isso, eles ignoram os erros que estão cometendo e atacam o mensageiro", enfatiza.
Quanto às críticas por causa da compra dos smarthopnes, que também partiram de boa parte da população e motivou a propositura de duas ações na Justiça para tentar barrar a compra, o delegado observa que a instituição comandada pelo procurador José Antônio Borges Pereira deixou claro que não está preocupada. "Eles ignoraram. Pelo que eu ouvi do procurador-geral de Justiça, ele está pouco se lixando pra opininão pública, o dinheiro que estão utilizando é público, mas ele não está se interessando em, no mínimo, prestar contas pra sociedade. Todo ato administrativo tem que ser pautado, dentre vários requisitos, pela moralidade também. Poderia sim essa licitação ter sido paralisada por falta desse requisito. Não é hora pra isso, nós nem temos tecnologia 5G aqui e ele fala que precisa adquirir esses celulares por conta da nova tecnologia 5G", argumenta Flávio Stringuetta.
Em sua avaliação, os membros do Minstério Público não aceitam críticas e querem demontrar isso, como se considerassem superiores aos demais cidadãos mato-grossenses. "Eles ficaram ofendidos por um contribuinte, um membro da sociedade que, por acaso é delegado de polícia, ter pisado no calo deles, por ter ousado se manifestar sobre situações que beneficiam eles e prejudicam a sociedade. Eles estão me denunciado pra isso, para talvez dar uma resposta pros outros, que a gente não admite isso. Eu nem sei a intenção deles, só sei que vou ser absolvido, não tenho dúvidas disso", enfatiz o delegado.
RESTO DE DUODÉCIMO
Na ação criminal, o Ministério Público reclama que Flávio Stringuetta acusou promotores de Justiça de "ratearem" entre si as sobras do duoédicimo, que é o orçamento que o órgão recebe do Governo do Estado, um repasse constitucional para custeio dos gastos da instituição.
Ao FOLHAMAX, o delegado confirma que isso acontecia ele vai provar na Justiça. "Eu tenho informações bem precisas de que havia num passado não muito distante a divisão dos restos do duodécimo entre os promotores de Justiça, isso seria apropriação indébita, segundo a análise deles. Ai eles falam que estou cometendo calúnia, mas não é calúnia. Só é calúnia quando você tem certeza que o negócio não acontecia. Eu acredito que vou demonstrar que isso acontecia sim. Essa é a intenção", relatou.
Conforme o delegado, uma forma de os promotores demosntrarem que tal prática não acontecia seria abrindo o sigilo de cada um. "Se não acontecia eles não têm que ficar bravos, eles poderiam até ter aberto sigilo de todo mundo para mostrar que nunca receberam. Eu não teria escrito o artigo se não soubesse o que estava fazendo. Tudo eles estão pegando do primeiro artigo".
AUXÍLIO MORADIA EM LUCAS
Flávio Stringueta também comentou sobre a argumentação do Ministério Público ao apontar que ele também recebia um auxílio no período em que atuou como delegado no município de Lucas do Rio Verde (354 km de Cuiabá) durante 8 anos e 4 meses, entre 2001 a 2009. "Isso não ajuda em nada na situação deles, isso demonstra o que escrevei no primeiro artigo, o Ministério Público é imoral porque senta na própria imoralidade e fica procurando as imoralidades dos outros. Demonstra o que eu escrevi, basicamente isso", contrapõe.
Sobre esse benefício, Flávio Stringuetta explica que na época ele não tinha residência e havia um acordo com a Prefeitura de Lucas do Rio Verde para fornecer um auxílio para várias autoridades na cidade. "Não era só a mim não. As prefeituras eram carentes de autoridades e havia uma disputa grande, eles atraíam essa mão de obra oferecendo alguns benefícios desse tipo: auxílios para moradia, auxílios para delegacia, teve delegados que eu fiquei sabendo que moravam em em hotel tudo pago pela Prefeitura, não era o meu caso".
Por fim, ele observa que o auxílio era pago por meio de uma lei municipal e questiona o motivo de o Ministério Público não ter questionado a lei no início, quando foi publicada. "E olha a falta de bom senso, o Ministério Público na época, um mês antes de eu sair da cidade, fez um TAC com a prefeitura pra parar de dar esse auxílio, mas ao mesmo tempo eles aceitaram receber o auxílio moradia, dois pesos e duas medidas", afirma o delegado.
M?rio Figueiredo
Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 20h46Bota pra derreter Stringueta
Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 18h57alexandre
Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 16h51Alvarenga
Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 12h13S?rgio
Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 12h05Alfredo
Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 10h57Alfredo
Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 10h55REVOLTADO
Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 10h44Valmir Brito
Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 10h43rafaella
Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 10h29Thalles
Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 09h58Dandara
Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 09h54Raimundo
Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 09h17Junior
Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 08h56N?o sou petista ? que se foda o bozo
Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 08h55Jo?o
Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 08h51oliveira
Sexta-Feira, 09 de Abril de 2021, 08h49