O ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB) já definiu sua chapa na disputa ao Senado na eleição suplementar que ocorrerá em 15 de novembro. O ex-governador Júlio Campos (DEM) será o primeiro-suplente e o ex-vereador de Rondonópolis, José Márcio Guedes (PL), será o segundo suplente.

A confirmação ocorreu em coletiva que está sendo realizada neste momento no Hotel Paiaguás, em Cuiabá. A coligação terá PSDB, DEM, PL e ainda pode agregar até duas legendas de menor porte.

Antes da coletiva, em conversa com a imprensa, Júlio Campos confirmou que seu grupo político tem maioria no diretório estadual do DEM e o apoio Nilson Leitão ocorrerá de forma oficial após a convenção partidária marcada para a primeira quinzena de setembro. Todavia, lideranças que preferirem outras candidaturas serão liberadas sem sofrerem punições. A fala foi direcionada ao governador Mauro Mendes e ao presidente da Assembleia, Eduardo Botelho, que apoiam Carlos Fávaro (PSD) e Otaviano Pivetta (PDT), respectivamente. 

Júlio lembrou que nas convenções de março deste ano, canceladas em função da pandemia do novo coronavírus, o DEM já havia liberado os seus membros para apoiar outros candidatos. Naquela ocasião, ele foi lançado como candidato ao Senado.

“Naquela época, mesmo tendo Júlio Campos como candidato, o governador Mauro Mendes já havia dito que não iria apoiar minha candidatura e ia apoiar Otaviano Pivetta, que era seu amigo pessoal, companheiro de longa data. E também, havia algumas pessoas do partido que iriam apoiar o então senador provisório, Carlos Fávaro e isso vai se repetir agora, não é nenhuma novidade”, explicou.

Já Nilson Leitão comemorou o fato de ter ampliado o arco de alianças em relação a eleição cancelada pela pandemia. Naquela ocasião, o PSDB lançou chapa pura, indicando Leitão e os dois suplentes.

“Criamos agora uma estrutura política, com representatividade partidária e regional. A chapa tem nomes da região Norte, da Baixada Cuiabana e da região Sul. Ainda somos ligados ao Araguaia e a região Oeste”, colocou.

PREDESTINADO 

Em sua fala, o senador Wellington Fagundes (PL) colocou que Leitão está predestinado a assumir a cadeira no Senado. Ele lembrou que chegou a haver diálogo no primeiro semestre para a composição, mas ela acabou não sendo viabilizada. “Agora temos um grupo robusto que com certeza te levará a vitória Nilson. É a predestinação”, falou.

Já o senador Jayme Campos (DEM) foi mais otimista. Apontou que a vitória do tucano está garantida. “Tenho certeza que os 330 mil votos que o Nilson recebeu em 2018, vão dobrar, até triplicar. Vai ser uma vitória esmagadora”, prevê.