Detentora de 124.671 votos nas eleições de domingo (2), a deputada federal Rosa Neide (PT) não conseguiu se reeleger, por conta do quociente eleitoral. O fato reascendeu na memória dos mato-grossenses um episódio com o enredo muito semelhante, ocorrido há 32 anos, em Mato Grosso: a não eleição em 1990 do ex-governador Dante de Oliveira, falecido em julho de 2006.
O político, que havia ganhado notoriedade na década de 80, com as Diretas Já, havia sido eleito para administrar a Prefeitura de Cuiabá entre 1986 e 1989, com uma pausa para comandar o Ministério da Reforma e do Desenvolvimento Agrário, por um ano e meio. Em 1990, pelo PDT, Dante disputou a eleição para deputado federal, sendo o mais votado do estado, com 49.889.
No entanto, Dante acabou esbarrando no mesmo obstáculo que tirou o mandato de Rosa Neide: o quociente eleitoral. A coligação formada na época pelo PDT, PMDB, PT, PSB, PCB e PCdoB, não atingiu o número mínimo de 90 mil votos, deixando-o de fora.
Ele até tentou recorrer junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas não obteve êxito. Os dois políticos foram impactados pelo mesmo erro, cometido pelos partidos aos quais pertenciam: a montagem de chapa.
No caso de Rosa Neide, o PT seguiu a formatação nacional e se coligou ao PV e PCdoB. O Partido Verde preferiu focar na tentativa de reforçar o nome de Márcia Pinheiro ao Governo do Estado e não lançou nomes significativos para a Câmara Federal.
Dirigido pelo vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa, o PV temia lançar nomes que pudessem impactar nos votos do deputado federal e candidato à reeleição, Emanuelzinho, filho do prefeito da capital, Emanuel Pinheiro (MDB), a quem o líder do partido é aliado fiel. O PCdoB, por outro lado, não tinha nomes significativos para a disputa do pleito.
O PT, por outro lado, preferiu focar suas forças na eleição para deputado estadual e Presidência da República. O partido reelegeu Lúdio Cabral e Valdir Barranco para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso, e se viu em meio a uma polêmica, no período de convenções, ao vetar a candidatura da atriz de conteúdo adulto Ester Caroline Henrique Bonometo Pessatto, conhecida como Tigresa Vip.
Na ocasião, a própria Rosa Neide foi uma das críticas da candidatura da jovem, chegando a gravar áudios onde se colocava de forma contrária à aprovação do nome da atriz na convenção, para disputa de uma cadeira na Assembleia Legislativa. Estrategicamente, o partido errou e poderia ter lançado Tigresa como candidata a deputada federal, o que aumentaria os votos para atingir o quociente eleitoral.
Tigrão vip
Segunda-Feira, 03 de Outubro de 2022, 16h49Júnior
Segunda-Feira, 03 de Outubro de 2022, 16h34RENATA
Segunda-Feira, 03 de Outubro de 2022, 14h30renato
Segunda-Feira, 03 de Outubro de 2022, 14h00Geruza
Segunda-Feira, 03 de Outubro de 2022, 13h26alexandre
Segunda-Feira, 03 de Outubro de 2022, 12h42Raimundo
Segunda-Feira, 03 de Outubro de 2022, 12h15Rafael
Segunda-Feira, 03 de Outubro de 2022, 11h57Pinto
Segunda-Feira, 03 de Outubro de 2022, 11h10