Política Quinta-Feira, 27 de Março de 2014, 16h:59 | Atualizado:

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Deputado cobra aumento do efetivo e mais fiscalização da PM em VG

 

Da Redação

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Em indicação encaminhada ao governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB), com cópia ao secretário de Segurança Pública, o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado estadual Mauro Savi (PR), foi enérgico ao cobrar o aumento do efetivo e da fiscalização da Polícia Militar no município de Várzea Grande. No documento encaminhado às autoridades, o deputado reconhece as dificuldades enfrentadas pelo sistema público de segurança, mas alerta para a situação preocupante da cidade, diante do grande número de assassinatos e latrocínios ocorridos nos primeiros meses de 2014. 

De acordo com dados da Polícia Judiciária Civil (PJC-MT), no primeiro bimestre deste ano foram registrados 39 assassinatos. Sendo 20 em Várzea Grande e 19 na Capital, que se comparado ao número de habitantes, a cidade Industrial ocupa o primeiro lugar das cidades mato-grossenses com o maior índice de violência. Isso porque o município possui um pouco mais que 250 mil habitantes, enquanto que Cuiabá é cerca de 150% maior que a conhecida “Terra de Couto Magalhães”. 

Em entrevista a um jornal impresso da Capital, o secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante ressaltou que os números divulgados não refletem claramente a situação. De acordo com Bustamante, o começo de ano teve situações anormais e que fogem ao poder da polícia. O secretário afirma ainda que, muitos homicídios estão relacionados aos “acertos de contas” entre criminosos, o que fugiria da capacidade da polícia de prever o delito. 

Sobre o assunto, Savi vai além justificando que a violência não se resume a assassinatos, mas que devem ser levados em consideração outros crimes como assalto a residência, em alguns casos com reféns, roubos, furtos. Outro ponto destacado pelo deputado é a falta de estrutura da cidade, o que em sua opinião acaba deixando os moradores muito mais assustados. Na justificativa da indicação, o republicano chegou a citar as obras da copa que mudaram a rotina dos várzea-grandenses, em razão das rotas alternativas que dependendo da hora se tornam um prato cheio para a bandidagem. 

“Várzea Grande se tornou uma Praça de Guerra. A violência atingiu níveis estratosféricos. Os moradores de Várzea Grande estão apavorados e reféns em suas casas, alterando hábitos e cerceados no seu direito de ir e vir. Diariamente acompanhamos pelos meios de comunicação notícias sobre a violência e a falta de segurança no município. O medo mudou a rotina de todos. Ir para o trabalho e voltar para casa é obrigatório. Não há o que pensar. Mas, a pergunta é: até quando ficaremos de braços cruzados diante dessa situação?”, questionou Savi. 

Savi ainda lembrou-se dos dados divulgados pelo Mapa da Violência/2010, em que aponta Várzea Grande com 49 homicídios para cada 100 mil habitantes, enquanto que a Capital, no mesmo ano, registrou 41,8 para cada 100 mil habitantes. Um ano depois, dados oficiais da PJC mostram ainda, que Várzea Grande foi palco para 11 latrocínios (roubo seguido de morte), enquanto que, mais uma vez Cuiabá, a Capital mato-grossense ficou atrás com quatro registros de latrocínio. Os delitos ocorreram de janeiro a setembro de 2011. 

Vale ressaltar, que dos 200 bairros pertencentes à Várzea Grande, 30 foram catalogados pela Polícia militar como os mais violentos em registros de homicídios, roubos, furtos e tráfico de drogas. Outra informação importante é em relação ao orçamento disponibilizado à segurança pública. O orçamento da Secretaria de Segurança Pública (SESP) saltou de R$ 918,6 milhões para R$ 1,2 bilhão, o que significa um crescimento orçamentário de cerca de 30%. Já a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, responsável pelo sistema prisional do Estado, saltou de R$ 223 milhões, para R$ 250 milhões, obtendo um acréscimo de cerca de 11% no orçamento anual da pasta. 





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