Política Quinta-Feira, 28 de Maio de 2015, 17h:30 | Atualizado:

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SOLIDARIEDADE E PRECES

Deputado "culpa" colegas na AL; Gaeco inocenta conselheiro do TCE

Maluf promete entregar gastos da AL nos últimos cinco anos

CARLOS DORILEO
Da Redação

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Uma das testemunhas de defesa do ex-deputado estadual José Riva (PSD), o deputado Romoaldo Junior (PMDB) afirmou que as denúncias que pesam contra o colega de parlamento recaem sobre o papel da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Segundo ele, os deputados estaduais extrapolam suas funções para atender a população. “Os gabinetes dos deputados são como escritórios de Mato Grosso. Ali passa todo tipo de pedido. Até formatura um deputado atende”, declarou o parlamentar após prestar depoimento à juíza Selma Rosane de Arruda.

Romoaldo afirmou que os deputados acabam ficando numa “saia justa”, uma vez que a maioria dos pedidos que chegam ao gabinete são de pessoas necessitadas e acabam executando a funções que cabem ao governo do Estado. “Como que você vai dizer não a uma família carente que precisa de atendimento médico ou de remédio, que mora em Aripuanã há 1,2 mil quilômetros daqui”, questionou.

Outra ação citada pelo deputado que não faz parte da função da Assembleia é a construção do Teatro Zulmira Canavarros. “É um papel que a Asembleia faz e que não é dela. E vocês vão condenar a Assembleia por isso”, indagou.

Para o deputado, o ex-presidente da Assembleia acabou sendo atingido porque permaneceu por 20 anos consecutivos no cargo de deputado estadual e, como dirigente do poder legislativo, recebia a maior demanda. Porém, ele citou que a prática envolve todos aqueles que passaram pelo legislativo. “Todos os deputados que passaram na Assembleia, desde o início do Governo Dante de Oliveira, que foi quando o deputado Riva comandou a Mesa Diretora, até hoje usaram desta estrutura da Assembleia. Os atendimentos deles nas associações, escolas e seus municípios fizeram com que a Assembleia avolumasse muito seus custos e seus gastos”, frisou.

Romoaldo citou ainda que o poder legislativo passou por grande processo de modernização no período em que Riva esteve como presidente. Ele citou que foi parlamentar no início da década de 90 e retornou em 2011, após passar 8 anos como prefeito de Alta Floresta. “Senti muita diferença, a Assembleia cresceu e melhorou. O parlamentar tem seu mandato melhor aproveitado”, completou.

DÍVIDAS

Primeiro a depor nesta quinta-feira, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Guilherme Maluf (PSDB), disse que não tinha acesso aos gastos da Assembleia com licitação, uma vez que não fazia parte da Mesa Diretora. O parlamentar confirmou que utilizava uma grande quantidade de material de escritório devido ao alto grau de atendimento de seu gabinete.

O tucano disse que a gestão de José Riva deixou dívidas de R$ 35 milhões e que elas estão sendo auditadas. Ele ainda se comprometeu a fornecer, em 10 dias, os gastos do parlamento entre 2008 e 2015.

Primeiro-secretário na legislatura passada, quando Riva era presidente, o deputado Mauro Savi (PR) destacou que recebia materiais de escritório em seu gabinete na época em que o Ministério Público denunciou a existência de compras “fantasmas” na Assembleia. Ele afirmou ainda que consome grande número de materiais porque atende, em média, 60 pessoas por dia em seu gabinete.

Sobre o fato de atrasar o repasse de informações a nova Mesa Diretora, o republicano justificou que houve uma “demissão em massa” na Assembleia, o que prejudicou o fato. Savi elogiou o ex-presidente da Assembleia e o classificou como “boa praça”.

Último a depor nesta quinta-feira, o conselheiro Sérgio Ricardo era o primeiro-secretário na época das fraudes apontadas pelo Ministério Público. Ele, porém, afirma que não teve conhecimento de ilícitos cometidos pelo ex-companheiro de Mesa Diretora.

Sérgio aponta que o consumo de materiais de expediente no legislativo era alto e a entrega era exigida pelos próprios deputados. "Os deputados exigem estrutura de trabalho para se reelegerem. Nunca faltou material na Assembleia. Todos assinam quando recebem os materiais", explicou.

Réu na ação cível que originou a “Operação Imperador”, o conselheiro ameaçou ficar em silêncio pois se sentiu pressionado pelo Ministério Público Estadual. "Vim aqui na maior boa vontade e, se eu perceber algo estranho ou manobra, vou falar somente na cível", disse, ao receber um documento dos advogados de Riva que mostram que ele autorizou o pagamento de milhões de reais para as empresas denunciadas juntamente com o ex-deputado.

A juíza citou que o conselheiro não foi denunciado na esfera criminal, pois senão o caso estaria sendo analisado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). O Ministério Público justificou que não ficou provado nas investigações que ele tinha participação ativa nos crimes.

 

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Comentários (6)

  • djandersonflash

    Quinta-Feira, 28 de Maio de 2015, 21h45
  • RIVA SERA SOLTO SIM.EU TORÇO PRA ISSO AGUARDEM.
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  • Carlos

    Quinta-Feira, 28 de Maio de 2015, 20h37
  • Esse argumento de que os deputados atendem todo mundo em seus gabinetes não reflete a verdade. Até porque não é e nunca foi o papel do parlamentar. Basta ir na Assembleia Legislativa e verá, na maioria das vezes, que apenas os funcionários estão lá. Muitas vezes, os ditados não estão presentes. No mais, o argumento da Ana é a pura verdade. Se o conselheiro estivesse sido denunciado, a competência seria do STJ.
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  • Vitor Hugo

    Quinta-Feira, 28 de Maio de 2015, 20h09
  • Eh não teve jeito, deram uma demonstração de que se trata de uma corja, de um conluio. E, é por isso que Mato Grosso está na situação que se encontra, qual seja: um estado tão rico, mas, inexplicavelmente tão pobre ao mesmo tempo. Aliás, a explicação para tanta falta de recursos públicos para serem investidos em diversos setores sociais, é a Operação Ararath, é a Operação Imperador, etc, etc. E, por incrível que pareça, o ex-deputado José Riva está sempre sendo citado como um dos envolvidos, mas não, ao que me parece, pelas declarações destes deputados e um conselheiro, ELE É UM SANTO! Nosso Estado está respirando por aparelhos, e a esperança e expectativa, é que o atual governador Pedro Taques faça uma reviravolta em tudo isso, e faça o contrário do que foi feito durante cerca de 10 anos.
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  • Santos

    Quinta-Feira, 28 de Maio de 2015, 19h53
  • Uma vergonha esse Ministério Público Estadual. Eles acusam e protegem quem eles querem. Por que não assumem que não denunciaram o Sergio Ricardo apenas porque não sao competentes para processar um membro do TCE, em vez de inocentá-lo, na cara dura? Tá na hora do Riva fazer a delação premiada e entregar logo esses falsos amigos, desde o Sergio Ricardo, passando por alguns membros do MPE, até o Senhor Blairo Maggi.
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  • BESOURO

    Quinta-Feira, 28 de Maio de 2015, 17h52
  • INOCENTANDO O CULPADO? VÔTE.
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  • Ana

    Quinta-Feira, 28 de Maio de 2015, 17h36
  • MP e Juiza só inocentaram Sergio Ricardo como estratégia para decretar a prisão do Riva. Se Riva tem culpa, Sergio tem igual, pois foi o ordenador de despesas da Assembleia também. Mas se o MP indiciarem o Sergio, o caso estaria no STJ, o que seria muito mais dificil de fazer acordo com um juiz para decretar a prisão de Riva.
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