Deputado vê manifesto como "bravata" e ainda aposta no PSD junto com Taques em MT

Assessoria

 

O deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) ainda acredita que o ex-vice-governador, Carlos Fávaro (PSD), estará ao lado do governador Pedro Taques (PSDB) em seu projeto de reeleição. Fávaro, ao lado de outras 30 lideranças políticas de Mato Grosso, assinou um duro manifesto contra Taques divulgado no dia 24 de abril, dizendo que não apoiaria o atual chefe do executivo nas eleições de 2018.

Gilmar Fabris deu as declarações durante entrevista à Rádio Capital nesta quinta-feira (26). Ele afirma que “três anos e meio de convivência” – época em que Fávaro e Taques “dividiram” a condução do Estado, como vice e governador, respectivamente -, não seriam apagados em “60 dias”.

“Eu não dou conta de enxergar a convivência de três anos e meio e depois, dentro de 60 dias, a convivência não existe mais. Eu acho que isso faz parte às vezes de um momento político”, disse o deputado estadual.

Carlos Fávaro deixou a vice-governadoria de Mato Grosso no dia 5 de abril de 2018. Ele disse que a decisão atendeu os anseios dos filiados do PSD no Estado que, segundo ele, estariam descontentes com a gestão Pedro Taques. A medida se estendeu a todos os integrantes do partido que ocupavam cargos no Poder Executivo, que também se viram obrigados a “abandonar o barco”.

Porém, quatro dos cinco deputados estaduais da sigla na Assembleia Legislativa (AL-MT) – Gilmar Fabris, Pedro Satélite, Ondanir Bortolini, o “Nininho” e Wagner Ramos -, anunciaram que permanecerão na base de apoio a Taques no Poder Legislativo, o que poderia indicar um possível racha na agremiação. Fabris tenta minimizar as “rusgas” entre Fávaro e Taques, e classificou o manifesto de oposição a Taques – que além do ex-vice-governador também foi assinado pelo ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde (354 km da Capital), Otaviano Pivetta (PDT), o deputado estadual Zeca Viana (PDT), e outros -, de “bravata política”.

“Numa eleição você tem que combinar com o povo. Hoje aqui, quem enviou a lista, assinada por 31 pessoas, eu não dou conta de enxergar a não ser assim, dentro de uma bravata política”, disse o deputado estadual.

Otimista, Fabris crava na entrevista que “não descarta nem um minuto” a chance de Fávaro, que pretende disputar o Senado nas eleições de 2018, estar ao lado de Pedro Taques em sua campanha de reeleição. O parlamentar citou, inclusive, que a orientação do Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, e presidente licenciado do PSD, Gilberto Kassab, já adiantou que o partido fará parte de uma coligação com o PSDB em nível nacional nas eleições de 2018. “Eu não descarto, nem um minuto, a possibilidade de que amanhã o [pré-candidato a] senador Fávaro possa cerrar fileiras com o governador Pedro Taques. Segundo informação do próprio ministro Kassab, o PSD vai estar junto com o PSDB a nível nacional. Se estarão juntos a nível nacional, como que nos Estados estaria desunido?”.