O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Marcos Machado, deve decidir ainda hoje se acata ou não o pedido da defesa do ex-presidente da Câmara de Cuiabá, vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD), para liberação da cadeira. O parlamentar foi preso na manhã de ontem durante a segunda fase da "Operação Aprendiz", onde é acusado de liderar uma organização criminosa que praticava os mais variados delitos.
O advogado Eduardo Mahon, que fez o pedido de habeas corpus, apontou a juíza Selma Rosane de Arruda cometeu um equívoco jurídico ao decretar a prisão do vereador e outros três supostos comparsas na fase em que o inquérito já havia sido concluído pelo Gaeco (Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado). Para ele, a juíza agiu de forma parcial emitindo juízo de valor.
Marcos Machado chegou ao Tribunal de Justiça indicado pelo quinto constitucional do Ministério Público. Ele chegou a exercer os cargos de secretário de Saúde e Administração durante a gestão do ex-governador e senador Blairo Maggi (PR).
Na segunda fase da "Operação Aprendiz", foram decretadas quatro prisões. Além de João Emanuel, Amarildo dos Santos está detido. Dois estão foragidos - Marcelo de Almeida Ribeiro e André Luiz Guerra Santos.
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