Direita precisa pôr fim ao ‘bolsonarismo’, diz senadora

 

A senadora Margareth Buzetti (PSD) voltou a criticar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e seus apoiadores por conta da sua atuação nos Estados Unidos, que influenciou o tarifaço de 50% aos produtos brasileiros anunciado na pelo presidente Donald Trump. Para ela, a direita precisa por fim ao ‘bolsonarismo’.

Em entrevista à TV Jovem Pan, Buzetti afirmou que sua atuação sempre foi no campo da direita, o que lhe dá autonomia para falar pela ‘direita’.

“Eu posso, sim, falar em nome da direita. Agora, esses radicais que estão aí esbravejando em nome de Eduardo Bolsonaro e não estão preocupados com o que acontece com o próprio Bolsonaro, que está com a saúde fragilizada, não é o caminho”, disse a senadora.

Buzetti afirmou que é preciso uma reorganização da direita no Brasil, e que ela atuará para que isso se concretize, para que em 2026 seja superada a polarização entre o presidente Lula (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Não aguento mais ouvir falar dessa polarização entre Lula e Bolsonaro. O Brasil é maior que isso”.

“Ninguém é dono da direita, ninguém é dono da esquerda. Os dois extremos se encontram, agem do mesmo jeito sem pensar, sem se preocupar com as consequências do que vem aí. É isso que penso que a direita tem que fazer, ter uma estratégia”, completou.

A posição da senadora reafirma a estratégia de parte dos partidos de centro, que buscam uma unidade em nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para que ele seja o candidato de uma frente de centro-direita. A senadora tem sido criticada nesta semana por ter classificado Eduardo Bolsonaro de ‘moleque’, atribuindo a ele a culpa pelo tarifaço.

Após suas declarações o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), sugeriu que Buzetti se candidatasse no nordeste, já que em Mato Grosso esse tipo de comportamento não seria aprovado pelos eleitores do Estado.

A declaração do prefeito é em referência a região do país em que o presidente Lula (PT) foi mais votado em 2022, soando de maneira pejorativa.

Já o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) chamou a senadora de ‘vergonha de Mato Grosso’.