Política Terça-Feira, 22 de Maio de 2018, 23h:56 | Atualizado:

Terça-Feira, 22 de Maio de 2018, 23h:56 | Atualizado:

RGA SUSPENSO

Em 10 anos, gasto com servidores aumenta 58% no Estado, diz TCE

Mato Grosso é o quinto estado do país que mais gasta com servidores públicos

Da Redação

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Por unanimidade, o Pleno do Tribunal de Contas de Mato Grosso homologou medida cautelar concedida pelo conselheiro interino Isaías Lopes da Cunha, que suspendeu o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) aos servidores do Poder Executivo de Mato Grosso. Na sessão ordinária desta terça-feira, os membros do colegiado acolheram as considerações do conselheiro Isaías da Cunha de que a concessão do benefício faria o Governo de Mato Grosso ultrapassar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e colocaria em risco o equilíbrio financeiro e fiscal do Estado.

O conselheiro observou que a lei estadual que estabeleceu as parcelas da revisão geral de 2017 e de 2018 acabou embutindo ganho real para os servidores, o que não é objetivo da RGA. Além de homologar a medida cautelar, o Pleno aprovou o reexame de tese de duas Resoluções de Consulta.

A 28/2016, que autoriza o Governo do Estado a excluir das despesas com pessoal os gastos com folha da Defensoria Pública, e a 29/2016, que autoriza Estado e municípios a excluírem das despesas totais com pessoal e da composição da receita corrente líquida o imposto de renda retido na fonte. Também serão reavaliados outros acórdãos que tratam dos mesmos temas.

No voto, o conselheiro Isaías da Cunha lembrou a crise financeira vivenciada pelo Estado de Mato Grosso. Ele citou os atrasos no repasse do duodécimo para os Poderes, nas transferências legais para saúde, educação, transporte escolar e até no pagamento dos salários, a fim de controlar o fluxo de caixa.

E destacou que, por outro lado, há o crescimento vertiginoso das despesas com pagamento de pessoal. O conselheiro utilizou dados extraídos das contas do Governo do Estado para mostrar que, no período de 2007 a 2016, as receitas de Mato Grosso obtiveram aumento real de 28,92% e que, no mesmo período, as despesas cresceram 39,31%.

Nos últimos dez anos, as despesas com pessoal e encargos sociais representaram 58% do total dessas despesas. Em 2016, ao comparar a despesa com pessoal e encargos de Mato Grosso com outros Estados da federação, verificou-se que o Estado de Mato Grosso teve a quinta maior despesa per capita, alcançando R$ 2.771,83 mil, bem acima da média nacional, que foi de R$ 1.946,21 mil.

O conselheiro também pontuou algumas medidas adotadas pelo Estado de Mato Grosso que demonstram a preocupação institucional com a crise econômica. Entre elas a assinatura, em 12 de setembro de 2016, de um Termo de Ajustamento de Conduta com o MPE, com o cronograma de pagamento das parcelas atrasadas do duodécimo aos poderes.

Outra foi a Emenda Constitucional 81/2017, cujo teor limitou as despesas públicas do Estado e instituiu o Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Porém, apesar das dificuldades enfrentadas, o conselheiro Isaías Lopes da Cunha observou que foi editada a Lei Estadual 10.572/2017, que fixou o percentual da RGA da remuneração e do subsídio dos servidores públicos do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso para os exercícios de 2017 e 2018, com base no Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC).

Para 2017, o reajuste foi fixado em 6,58%, dividido em três parcelas, a serem implementadas, gradativamente, em novembro de 2017 (2,19%), abril de 2018 (2,19%) e setembro de 2018 (2,20%). Como o INPC de 2018 não estava definido, foi feita uma previsão de 4,19%, para pagamento em duas parcelas, sendo a primeira em outubro de 2018 (2%) e a segunda em dezembro de 2018 (2,19%).

No entanto, essa projeção de 2018 serviu de argumento para o conselheiro relator conceder a medida cautelar. Isso porque apesar da projeção de 4,19%, o INPC 2018 ficou em 2,07%, o que resultaria em aumento real de 2,12% aos servidores. “Considerando que a finalidade da RGA é tão somente recompor as perdas salariais, a sua concessão em percentual superior à variação acumulada da inflação no período acarreta em verdadeiro aumento real dos subsídios, em flagrante afronta à Lei de Responsabilidade Fiscal”, apontou Isaías da Cunha.

A medida cautelar, proposta pela equipe técnica do Tribunal de Contas em Representação de Natureza Interna, foi concedida pelo conselheiro Isaías Lopes da Cunha em 15 de maio e publicada na edição 1360 do Diário Oficial de Contas. O Ministério Público de Contas deu parecer contrário à homologação da medida cautelar, mas o Pleno do TCE-MT não acolheu parecer do MPC e homologou a medida.

 





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Comentários (24)

  • caleb santiago de brito

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 13h22
  • TUDO COMBINADO ,..........
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  • alcides neto

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 12h51
  • Esses desocupados, que não fazem nada pelo Estado, e vivem num mar de lama naquela casa e sem jamais ter prestado concurso publico não dá o direito deles vetarem a reposição salarial dos servidores que por hora é uma mereca em relação aos exorbitantes salarios que esses conselheiros recebem sem fazer nada, vamos parar o Estado, quem onera os cofres publicos são eles que visa intereses excusos para seus beneficios. Ex.Sr. Bosaipo, Sr. Sergio Ricardo, vamos olhar seus rabos com está crescendo néeee.
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  • Poker Face

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 12h38
  • TCE = Tribunal da Corrupção do Estado?
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  • P.R

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 10h44
  • TRIBUNAL DE FAZ DE CONTA! Usurpando do poder ...Na verdade esse tribunal já era pra ter tomado providencia em 2015 pois o Estado ja se encontrava acima do limite prudencial estabelecido na LRF , mas não, fez ouvidos de mercador e engoliu 12500 novos servidores na folha (contratado, comissionado e concursados ) quietem ...quietim com seu polpudo duodécimo aliás TCE,MP,TJ E AL grudam no saco do executivo e só se desgrudam quando rei perde a majestade e vira cidadão comum vide (Silva & Brairo) hoje somente hoje depois de perderem poder estão processados processados. TCE fechou os olhos pra as maiores aberrações cometidas com $$$$ público coniventes ...esquecidos ...com Alzaimher e agora veem com istoria mal contada e furada ....quesitonando direito liquido e certo de trabalhadores com amparo constitucional . tribunalzinho de merda....
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  • mmacedo

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 10h40
  • Concordo com Maurício e complemento..... Fazer uma análise rasa dessa é injusta e demonstra má intenção (É QUERER JOGAR A SOCIEDADE CONTRA O SERVIDOR). Dizer que a despesa com pessoal cresceu 58% nos últimos 10 anos (IMPUTANDO COMO OBSURDO) , sem levar em consideração outras variáveis, tais como: 1) a INFLAÇÃO acumulada no período, que atingiu o patamar de 68,55% (IBGE); 2) o crescimento da RECEITA CORRENTE LÍQUIDA que passou de R$ 4.822.481.713,46 em 2007 para R$ 12.522.756.874,44 em 2016, ATINGINDO crescimento de 159% no período, segundo dados obtidos no Portal do TCE/MT (CONTAS ANUAIS DO ESTADO – 2007 e 2016); 3) o aumento de quantitativo de servidores públicos no período, presume-se por necessidade pública (Comissionados, Contratados e concursados), sendo mais de 2 mil novos servidores concursados só nas polícias, no atual governo., 4) sem falar nos amargos anos que os servidores do estado de mato grosso enfrentaram defasagens salariais.
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  • mmacedo

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 10h34
  • Concordo com Maurício e complemento..... Fazer uma análise rasa dessa é injusta e demonstra má intenção (É QUERER JOGAR A SOCIEDADE CONTRA O SERVIDOR). Dizer que a despesa com pessoal cresceu 58% nos últimos 10 anos (IMPUTANDO COMO OBSURDO) , sem levar em consideração outras variáveis, tais como: 1) a INFLAÇÃO acumulada no período, que atingiu o patamar de 68,55% (IBGE); 2) o crescimento da RECEITA CORRENTE LÍQUIDA que passou de R$ 4.822.481.713,46 em 2007 para R$ 12.522.756.874,44 em 2016, ATINGINDO crescimento de 159% no período, segundo dados obtidos no Portal do TCE/MT (CONTAS ANUAIS DO ESTADO – 2007 e 2016); 3) o aumento de quantitativo de servidores públicos no período, resume-se por necessidade pública (Comissionados, Contratados e concursados), sendo mais de 2 mil novos servidores concursados só nas polícias, no atual governo., 4) sem falar nos amargos anos que os servidores do estado de mato grosso enfrentaram defasagens salariais.
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  • Contribuinte Indignado

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 10h09
  • Tiraram das despesas com pessoal, a famigerada "verbas indenizatórias". Se não fosse isso, as despesas seriam muito maior. É claro que, não incluir as VI em despesa com pessoal, foi puro interesse da CGE, que além de receberam salários superiores ao de um ministro do STF, ainda recebem VI no valor de 6 mil reais por mês, sem a necessidade de justificar o que está sendo indenizado.
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  • Areal

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 10h08
  • ONDE O SENHOR ESTAVA CONSELHEIRO QUANDO O ESTADO ANDOU REALIZANDO ESSES ÚLTIMOS CONCURSO , COMO OS DA PM E DA EDUCAÇÃO? ONDE O SENHOR ESTAVA QUE NÃO AGIU NA PREVENÇÃO?
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  • Marcio

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 09h49
  • Perfeito, foi aferido 2,07 de inflação, então este % que quero receber, nem a mais nem a menos. Não quero tirar do governo, mas que o governo não tire de mim. 2,07 é o que tenho e o que quero receber. Mas pelo visto o governo vai da o calote ate nesse percentual.
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  • Teka Almeida

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 08h46
  • Alguém por favor explique JURIDICAMENTE como uma medida cautelar se sobrepõe a uma Lei. Nós temos a Lei LEI Nº 10.572, DE 04 DE AGOSTO DE 2017, aprovada pela ALMT e publicada, agora vem o TCE, através de uma medida cautelar cancelar a sua aplicação e o pior já no meio do caminho, pois já está em aplicação. Essa medida só confirma a nossa desconfiança, o DESgoverno manda e o TCE, puxadinho, obedece.
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  • james f. pereira

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 08h43
  • O TCE acaba de vez com a sua tão mal falada reputação. GREVE!
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  • Ana Maria

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 08h30
  • Se barrassem a roubalheira na SEDuc, DETRAN, Cultura (casa guimarães) sobraria dinheiro p o RGA dos servidores que efetivamente trabalham.... Mas e ai só vão fazer alguma coisa depois q mudar o governo, igual foi com Silval! vamos aguardar p ver....
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  • Mauricio

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 08h28
  • Como é tendenciosa a decisão do Conselheiro (que ninguém sabia que existia e que está buscando seus 15 minutos de fama)). Se o gasto com pessoal aumentou 58%, ficou abaixo da inflação, vejamos 2007: 7,74%, 2008: 9,80%, 2009: (1,70)%, 2010 - 11,49%, 2011: 5,09%, 2012: 7,81%, 2013: 5,52%, 2014:3,67%, 2015: 10,54%, 2016: 7,19% e 2017: (0,53%) - total acumulado 68,55%. Aonde está o absurdo nesse aumento da folha? Analise do TCE sem consistência nenhuma. Fórum Sindical Vamos para rua!!!!!
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  • carlos eduardo

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 08h19
  • Interessante, a matéria diz que o gasto subiu 58% nos últimos 10 anos. Analisando esse tema, somente a inflação neste período foi de 60,84%.......houve concurso para mais de 10 mil servidores, mesmo diante de uma crise o governo chamou servidores sem critério. Então, da para ver que aumento de 58% ainda foi abaixo da inflação, mostrando que tivemos perdas salariais......
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  • Carmolino

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 07h58
  • E A COMPRA DE VAGAS PARA CONSELHEIROS NESSE TRIBUNAL COMO QUE FICA ????????????????????????
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  • Marcos

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 07h47
  • Sindicatos poderiam então ir na justiça requerer a diferença entre as datas de aplicação dos parcelado do RGA desde que estão sendo parcelado.... Todo o retroativo... Conselheiros de que mesmo? Kkkk
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  • Mari?

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 07h41
  • Verdade cuiabano!Seria tão bom que os corruptos devolvesse o dinheiro.
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  • mad

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 07h29
  • ESTADO são todos os Poderes! Tenho certeza que os ralés do Poder Executivo NÃO estão ferrando com as contas do Estado. Quem ganha bem são os Senhores do TCE, do TJ, do MPE, da AL. Então vamos parar de hipocrisia! Ademais, o Poder que realmente arrecada e trabalha em prol do cidadão é o EXECUTIVO, se tiver que fazer cortes quem comecem pela AL (Deputados ganhando mais de 100 mil), depois pelo TJ (Desembargadores e Juízes ganhando 100 mil), TCE (Conselheiros ganhando mais de 60 mil) e por ae vai. Bando de FDP's.
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  • Fudum

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 07h25
  • Vcs do judiciario poderiam por a mao na conciencia e baixar esses autos salarios...Deus vai pesar a mao....Ele esta voltando seus corruptos...
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  • luciano

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 07h23
  • O tce não deixa de ter razão , mais ao meu modo de pensar e pensando no modo técnico , isso que aconteceu com o RGA é apenas uma cautelar , o que acontece com isso ? a medida cautelar pode ser revista a qualquer momento , tendo em vista que a arrecadação estadual está em alta , e mais ainda tem muito chão para rolar tudo isso , e alguns apressadinhos já fiam ai gritando para todos os cantos que se acabou o RGA , calma pessoal isso de início pode dosar mau , mais ao final de tudo quem pode ganhar é o próprio servidor , quem é vivo verás !
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  • anderson

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 07h19
  • Interessante, quando se tem um Tribunal que atua quando é devido as pessoas reclamam... O dia em que não estiverem recebendo na data combinada vão reclamar
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  • Cristina Santos

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 07h09
  • A corda sem´pre arrebenta do lado do mais fraco ... do que ganha uma miséria e trabalha muito (professores, policiais, func. da saúde e administrativos) os grandões (Trib. de justiça, TCE, grupo TAF, comissionados em geral, esses enriquecem no serviço público.. tem casas e apartamentos de luxo, veraneam em Cancum, viajam pra Disney... Os verdadeiros "servidores públicos" que servem realmente à população tem que se contentar em viver de migalhas, ñão tem ajuda-transporte nem alimentação (os professores são até proibidos de comer a merenda feita na escola), mas estão lá dia após dia trabalhando ... Mas um dia a roda do mundo há de girar e essa injustiça toda vai acabar ...
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  • Executivo

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 06h40
  • Como sempre os servidores do executivo são castigados. Sou a favor desta medida se valer para todos, mas Judiciário, Legislativo e o próprio TCE terão RGA, somente os servidores do executivo são prejudicados.
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  • Cuiabano

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 00h19
  • Poderia baixar os salarios dos conselheiros...e fazer devolver o que os conselheiros coruptos roubarammm. Que os problemas estaria resolvido...ser conselheiros e bom fica rica rapidinho...
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