Política Sexta-Feira, 19 de Maio de 2017, 13h:57 | Atualizado:

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Em delação, donos da Friboi confessam R$ 25,5 milhões em propina em MT

Irmãos Batista contam que o próprio ex-governador pediu propina

CLÁUDIO MORAES
Da Editoria

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Em colaboração premiada a Procuradoria Geral da República, os donos e diretores do grupo JBS/Friboi detalharam um esquema de corrupção para sonegação de impostos em Mato Grosso, onde estão concentrados a maioria dos  abatedouros da empresa no país. Ao todo, o grupo pagou R$ 25,5 milhões para emissários indicados pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB), preso há um ano e oito meses por diversos escândalos de corrupção e que já assumiu que vai confessar publicamente os fatos.

No documento obtido com exclusividade pelo FOLHAMAX, os irmãos Joesley e Wesley Batista e ainda o diretor Valdir Boni contam que Silval Barbosa esteve na sede da empresa, em São Paulo (SP), tão logo assumiu o Governo do Estado em 2010. Neste encontro, o ex-governador pediu ajuda financeira ao grupo para a campanha em que disputaria a reeleição argumentando que seriam "compensados por redução dos impostos estaduais".

Na delação, os irmãos Batista dizem não se recordar se colaboraram, através de caixa dois, na campanha do peemedebista. Todavia, em 2012, o diretor Valdir Boni se reuniu com Silval Barbosa e o ex-secretário, Pedro Nadaf, onde acertaram um protocolo de intenções dando créditos de R$ 73,563 milhões para a JBS/Friboi abater no pagamento do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias).

Neste mesmo encontro, de acordo com a delação, o próprio Silval pediu propina em "contrapartida a assinatura do protocolo de intenções". Ficou definido que seriam pagos R$ 10 milhões por ano pelo frigorífico ao grupo do ex-governador, totalizando R$ 30 milhões.

No entanto, em 2014, o pagamento "não foi efetuado na íntegra" diante uma multa aplicada pela secretaria de Fazenda. Com isso, o pagamento foi feito de R$ 23,5 milhões.

DESTINO DA PROPINA

Os diretores da JBS/Friboi detalharam como foi paga a propina para os integrantes do grupo do ex-governador. A empresa Carol Mila Agropecuária Ltda, que tem sede em Colíder, recebeu R$ 7,5 milhões através da compra maquiada de caminhões pela rede de frigoríficos.

Também foram repassados R$ 200 mil a empresa  NBC Consultoria de propriedade de Pedro Nadaf "mediante nota falsa". Outra beneficiada foi a Trimec Construções, que recebeu pagamento de R$ 1 milhão também com notas falsas, assim como a construtora Sab com R$ 1,3 milhão.

O grupo, em três anos, também repassou R$ 13 milhões para terceiros por orientação de Pedro Nadaf, mas os nomes não foram informados. Os funcionários da JBS/Friboi, identificados como Florisvaldo e Demilton, fizeram ainda a entrega de R$ 2,5 milhões em dinheiro na sede da empresa para emissários de Nadaf e Silval.

Numa das ocasiões, quem recebeu o dinheiro foi Karla Cecília Oliveira Cintra, secretária de  Nadaf. Após ser presa na "Operação Sodoma", ela confessou os crimes e responde em liberdade.

 

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Comentários (8)

  • Heitor Reyes

    Sexta-Feira, 19 de Maio de 2017, 16h50
  • Será que as empresa do grupo JBS / Friboi ainda tem insetivos fiscais em Mato Grosso. Com a palavra o governo do Estado .
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  • VAGNER

    Sexta-Feira, 19 de Maio de 2017, 16h44
  • Reforma Política já.... Diminuição de metade da quantidade de vereadores e Deputados. Esse povo não serve pra nada, só pra roubar nosso dinheiro. Pega a economia que vamos ter com gasto com menos políticos e constrói hospitais e estradas.
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  • boy

    Sexta-Feira, 19 de Maio de 2017, 16h34
  • Não sei como que deixam esse tal de Pedro Nadaf solto! pois em todas as maracutaia o cara tá. Prenda este ladrão de saúde,educação, e segurança do nosso estado.
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  • lepe

    Sexta-Feira, 19 de Maio de 2017, 15h53
  • QUNTA VERGONHA, SILVAL, VC NOS PROPORCIONOU!!! DEVERIA MOFAR ONDE ESTA!!!
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  • jamil

    Sexta-Feira, 19 de Maio de 2017, 15h24
  • A delação do Silval foi pro brejo. Marcel não sai nunca mais. Pedro Nadaf volta à prisão. É só aguardar.
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  • Comentarista

    Sexta-Feira, 19 de Maio de 2017, 15h15
  • Trata-se do mesmíssimo esquema descortinado com a primeira fase da Operação Sodoma, em relação à empresa "Tractor Parts", que, coincidentemente ou não, também era de um "Batista", o Sr. João Batista Rosa, que pagou propina à cúpula do Governo Estadual para obter o enquadramento de sua empresa no PRODEIC, obtendo benefícios fiscais. Parece que agora nossa querida Operação Sodoma estará intimamente ligada à Lava Jato. Fica a expectativa de que a delação do Silval atinja diretamente seu correligionário Michel Temer, e possivelmente alguns Ministros do STJ e do STF que atuaram em seu favor.
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  • Nelson

    Sexta-Feira, 19 de Maio de 2017, 14h51
  • Podreeeeeee poder!!!! Silval desse jeito vai mofar! E ainda vão aparecer a terra em Novo Progresso as margens da 163. Adquiridas quando empreiteiras que já apareceram no caso da SEDUC pegaram trecho da BR 163 pra asfaltar. As empreiteiras que fizeram obras de péssima qualidade em MT e não sei por intermédio de quem pegaram obra no estado do Pará, em região rica em ouro. Dizem que rodam 150 Km dentro da fazenda que tem sociedade do Silval, Eder Moraes etc.
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  • Romilson

    Sexta-Feira, 19 de Maio de 2017, 14h34
  • A SODOMA I é fichinha perto disso aí. Será que NADAF devolveu esses valores por força das caguetadas que ele fez ao MPE. E Silval, será que já confessou essa também nos acordos que estaria entabulando.
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