Os advogados do cabo Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior entraram nesta quinta-feira com um pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT). No recurso, eles pontuam que o policial militar é o único dos 12 investigados que ainda permanece sob prisão preventiva no caso das escutas telefônicas ilegais realizadas pela alta cúpula da Polícia Militar de Mato Grosso.
No pedido de habeas corpus, assinado pelos advogados Thiago de Abreu Ferreira e Neyman Augusto Monteiro, todos investigados não tiveram nenhuma punição até o momento. O recurso será analisado pelo desembargador Luiz Ferreira da Silva, da Terceira Câmara Criminal.
A defesa do cabo Gerson requer ainda, em seu pedido, o princípio da isonomia, tendo em vista que diversos integrantes da organização criminosa tiveram suas prisões relaxadas, transformadas em domiciliar ou até mesmo liberdade sob medidas restritivas. Entre eles, citou diversos oficiais de alta patente e o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques.
O ex-secretário é citado pelos advogados por ter custeado e ordenado interceptações até mesmo da sua ex-amante, Tatiane Sangali. “O advogado Paulo Cezar Zamar Taques, primo do governador do Estado de Mato Grosso e outrora secretário da Casa Civil, acusado de ter fornecido as placas do sistema wytron, custeado as operações e determinado a interceptação telefônica da suposta amante, possui medidas cautelares abrandadas, não estando obrigado ao cumprimento de prisão domiciliar”, diz outro trecho do pedido.
No habeas corpus, a defesa do cabo Gerson aponta graficamente que do total de 12 investigados, apenas ele continua preso. Os advogados dividem em quatro grupos os envolvidos no esquema, segundo o militar.
O único apontado sem nenhuma punição é o governador Pedro Taques, que é investigado num inquérito que tramita no Superior Tribunal de Justiça. Ainda no argumento do principio da isonomia, os advogados citam o exemplo do coronel Zaqueu Barbosa, que na última semana teve convertida a sua prisão preventiva em prisão domiciliar, com medidas restritivas.
A defesa do cabo Gerson alegou que seu cliente responde por apenas dois crimes contra quatro do ex-comandante geral da PM. “Oportuno salientar que a acusação imputada ao paciente seria menor do que a imputação feita ao acusado Zaqueu Barbosa e também àquela destinada ao acusado Ronelson Jorge de Barros. Por conseguinte, verificando-se que o decreto prisional se fundamenta em múltiplos fundamentos genéricos, bem como que inexistem argumentos concretos hábeis à mantença da prisão cautelar, requer seja concedida a ordem para revogar a prisão preventiva”, pede a defesa.
TABELA DA SITUAÇÃO DOS 12 INVESTIGADOS
Justi?a se faz
Sexta-Feira, 16 de Fevereiro de 2018, 11h42O cara
Sexta-Feira, 16 de Fevereiro de 2018, 11h40Sociedade
Sexta-Feira, 16 de Fevereiro de 2018, 09h27Tulio
Sexta-Feira, 16 de Fevereiro de 2018, 09h17William
Sexta-Feira, 16 de Fevereiro de 2018, 09h13Desiludido
Sexta-Feira, 16 de Fevereiro de 2018, 08h53Sociedade
Sexta-Feira, 16 de Fevereiro de 2018, 08h18Vagner
Sexta-Feira, 16 de Fevereiro de 2018, 08h07Ilze
Sexta-Feira, 16 de Fevereiro de 2018, 07h07Eleitor insatisfeito
Sexta-Feira, 16 de Fevereiro de 2018, 05h53Caio Oliveira
Sexta-Feira, 16 de Fevereiro de 2018, 05h53