O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, afirmou que respeita a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o episódio em que é flagrado em um vídeo recebendo dinheiro das mãos do ex-chefe de gabinete no palácio Paiaguás, Sílvio César Xorrera. No entanto, ele avisa que pretende focar sua defesa no inquérito policial relativo a "Operação Malebolge", que tramita no Supremo Tribunal Federal.
Por conta disso, o chefe do executivo municipal não garantiu que irá comparecer a CPI para prestar esclarecimentos. De acordo com o prefeito, a maior preocupação dele no momento é a de que o episódio impacte negativamente em seu governo. “Quem não deve, não teme. É uma decisão interna da Câmara Municipal de Cuiabá e eu desejo que façam um trabalho de sucesso, com total isenção e imparcialidade. Ainda não decidi se irei comparecer. Estou focado no processo em si, que é lá que vou provar que não tenho nada a ver com isso”, afirmou ele, que revelou que está mais preocupado com a sua governabilidade.
Emanuel afirmou que ainda está avaliando juntamente com sua defesa uma possível ida a CPI na Câmara, já que ele tem a prerrogativa de depor somente se querer. “Se for necessário. Estou avaliando isso ainda. Eu vou decidir mais para frente. Estou conversando com meus advogados com tranquilidade e sem nenhuma preocupação, até porque não quero atrapalhar em nada o trabalho da Câmara. É uma situação prevista na Lei Orgânica do Município e na Constituição. Quanto a minha participação, vou decidir ainda. Eu não temo. Meu foco é provar que não tenho nada a ver com isso que foi colocado e dito em relação a mim. Vamos esclarecer isso tudo”, disse.
Ainda em relação a CPI, Emanuel Pinheiro afirmou que não espera muitas novidades em relação aos depoimentos do ex-governador Silval Barbosa (sem partido) e do ex-chefe de gabinete do ex-governador, Silvio Cesar Corrêa Araújo. Ambos já confirmaram presença na Comissão. “Não deve ter nenhuma novidade do que já foi dito. Com certeza deverá ser apenas a confirmação do que eles já falaram. Nem pode ser diferente. Eles têm uma delação assinada. Agora, se vão provar ou não, é uma outra história. Cabe a mim provar que não tenho nada a ver com isso. Mas chegará o momento em que farei isso na justiça”, disse o prefeito.
Emanuel foi gravado no ano de 2014 recebendo supostamente propina no palácio Paiaguás. As imagens dele e outros políticos vieram a tona no ano passado com as delações de Silval.
Emanuel nega que o dinheiro em que foi filmado seja de propina em troca do seu apoio ao Governo no Legislativo. Ele explica que a gravação foi realizada no momento em que ele recebia uma pesquisa realizada pelo seu irmão, o empresário Marco Polo de Freitas Pinheiro.
CPI DAS PEDALADAS
Emanuel Pinheiro também comentou sobre a CPI que irá investigar o uso indevido, por parte do Governo do Estado, de recursos que deveriam ter sido aplicados no Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Apesar de ser adversário político, Emanuel previu que o governador Pedro Taques (PSDB) pode comprovar sua inocência durante a investigação.
Segundo ele, uma CPI não é um bicho de sete cabeças e pode inclusive provar a inocência de um político que esteja sendo investigado e pode provar que o governo do Estado não agiu incorretamente. “Ninguém quer uma CPI, mas também não é um bicho de sete cabeças. Ela pode ser o foro competente para mostrar que o governo, em qualquer instância, tinha razão. Ela não só condena. Ela vai investigar e pode mostrar que aquele acusado era inocente. Se feita com responsabilidade, é um grande instrumento. Vejo com naturalidade”, afirmou.
antonio silva
Quinta-Feira, 01 de Fevereiro de 2018, 09h23maria santa rosa
Quinta-Feira, 01 de Fevereiro de 2018, 08h30Zeluis
Quinta-Feira, 01 de Fevereiro de 2018, 08h05Gilmar
Quinta-Feira, 01 de Fevereiro de 2018, 07h30Jocadomas
Quinta-Feira, 01 de Fevereiro de 2018, 06h56Sociedade
Quinta-Feira, 01 de Fevereiro de 2018, 05h49Renato Viana
Quinta-Feira, 01 de Fevereiro de 2018, 00h02