A empresa do polêmico engenheiro e conselheiro do Conselho do Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), André Luiz Shuring, foi vencedora de uma licitação milionária na Secretaria Estadual de Administração para o fornecimento de serviços de engenharia e arquitetura para obras do governo. A Shuring & Shuring LTDA. foi contratada por R$ 25,4 milhões.
De acordo com a Ata de Registro de Preço, publicada na edição do Diário Oficial que circulou nesta quarta-feira (26), a empresa terá um contrato de um ano para prestar o serviço ao Estado pelo preço que foi fornecido durante o registro de preço. A empresa será responsável pela elaboração de projeto arquitetônico de segurança e combate a incêndio, pânico e explosão.
André se defendeu do possível favorecimento dizendo que a concorrência é pública, e que também precisa trabalhar. “Não trabalho no Crea, sou apenas conselheiro, e preciso trabalhar para ganhar dinheiro. O processo não foi com dispensa de licitação, concorremos com mais duas empresas, e felizmente fomos a vencedora, por atender as especificações exigidas no Edital”, disse.
Ele explicou ainda que mesmo vencendo e tendo o preço registrado, não significa que a empresa Shuring &Shuring, receberá o valor de R$ 25,4 milhões. “Só valor receber pelo projeto que executarmos. O valor pode ser visto como alto, mas não quer dizer que vamos receber ele. tem serviços que podemos não executar”.
O engenheiro, que se tornou polêmico pelos apontamentos feitos nas obras entregues pela Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), afirmou que o Crea é formado por mais 38 engenheiros. “O conselho não é o André. Tem mais profissionais, uma opinião não é a predominante. É simples é um processo ao qual eu estou apto para concorrer e assim o fiz”.
André fez questão de frisar que não prestaria serviço para a Secopa, até por que já fez parte da Comissão formada no órgão, e que mesmo, agora sendo prestador de serviço para o Estado, sua opinião não muda. “Tenho as mesmas opiniões e vou continuar defendendo o relatório que apontou irregularidades. Nada mudou. A empresa, que é da minha família, tem 40 anos atuando somente em Cuiabá. Vou elaborar projetos para o Estado, e não para a Secopa. Se fizesse isso, aí sim entraria em contradição”.