Preso na tarde desta quinta-feira em decorrência da 2ª fase da “Operação Arqueiro”, denominada “Ouro de Tolo”, o ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Sílvio Cézar Correa, emprestou R$ 418 mil do empresário Paulo César Lemes para pagar contas da campanha do ex-vereador Lúdio Cabral (PT) a prefeitura de Cuiabá em 2012. A negociação foi revelada pelo próprio empresário no dia 29 de junho, que firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público.
De acordo com o empresário, a transação foi firmada na presença do ex-secretário Eder Moraes, que atuou como coordenador financeiro da campanha de Lúdio, e recebeu parte do dinheiro emprestado. “Parte do dinheiro o interrogando (delator) entregou para Eder e outra parte pagou despesas em postos de gasolina e outras despesas, e parte do dinheiro deu diretamente para o Sílvio, em dinheiro”, diz trecho da ação do Ministério Público.
A “quitação” do empréstimo ocorreu por meio do contrato referente ao programa “Qualifica Mato Grosso VIII”, firmado pela Secretaria de Infraestrutura com uma das instituições criadas pelo empresário para desviar dinheiro da pasta. De todo o contrato, seriam desviados R$ 755 mil, valor que seria dividido entre os membros da suposta organização criada por Roseli.
A divisão inicial de todo esquema, segundo o delator, era de 40% para a ex-secretária, 36% para o empresário e os 24% restantes seriam divididos entre o servidor Rodrigo de Marchi e o empresário Nilson da Costa e Faria. Pela divisão, ele receberia R$ 180 mil, mas, para garantir a quitação do empréstimo, sugeriu receber a parte de Roseli no esquema.
“Foi aí que Sílvio falou com Roseli Barbosa e, depois que ela autorizou, a divisão ficou igual ao que consta anotado nas fls. 9608, e a letra manuscrita mostrando a divisão é do interrogando”, disse o empresário.
A proposta acatada gerou “ciúmes” do assessor da ex-primeira-dama, Rodrigo de Marchi, que teria seu lucro diminuido. “O interrogando diz que, com relação a este projeto, o Rodrigo fez tudo o que pôde para não acontecer, porque não iria ganhar muita coisa, pois ele sabia que o lucro desse projeto iria se destinar praticamente ao pagamento do crédito que o interrogando tinha com Sílvio”.
OPERAÇÃO OURO DE TOLO
O Gaeco deflagrou nesta quinta-feira (20.08), a segunda fase da Operação Arqueiro, denominada “Ouro de Tolo”. A operação investiga fraudes de cerca de R$ 8 milhões na Secretaria de Trabalho e Assistência Social durante gestão de Roseli Barbosa.
Os valores foram desviados por meio de convênios da pasta com instituições sem fim lucrativos. A cada contrato firmado era definida a distribuição de propina.
Segundo o delator do esquema, empresário Paulo Lemes, a ex-primeira-dama recebia “retorno” de 40% do contrato. Outros 36% eram devolvidos aos empresários envolvidos no esquema e 24% eram entregues a Nilson da Costa Faria e Rodrigo de Marchi.
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Leal
Sexta-Feira, 21 de Agosto de 2015, 14h28fidedigno
Sexta-Feira, 21 de Agosto de 2015, 12h12TARO
Sexta-Feira, 21 de Agosto de 2015, 11h13caiu a casa
Sexta-Feira, 21 de Agosto de 2015, 11h09Ze mandioca
Sexta-Feira, 21 de Agosto de 2015, 08h09HILTON
Sexta-Feira, 21 de Agosto de 2015, 07h12MARCIO MATOS
Quinta-Feira, 20 de Agosto de 2015, 23h11Jos?
Quinta-Feira, 20 de Agosto de 2015, 22h59