A divergência sobre a liderança da bancada de Mato Grosso no Congresso Nacional tem gerado desgaste entre os parlamentares de Mato Grosso.
Atual ocupante do cargo, o deputado Eliene Lima (PSD) diz que não escolha de seu substituto não é prioridade. Júlio Campos (DEM), por sua vez, afirma já ter o apoio da maioria e acusa o social-democrata de não convocar uma nova reunião para a oficialização da escolha.
O democrata justifica que terá mais tempo que Eliene para trabalhar nas articulações no Congresso porque não será candidato à reeleição, enquanto o social-democrata deve enfrentar um novo pleito.
Ressalta ainda que, mesmo sendo um parlamentar de oposição, tem um bom tramite junto ao governo federal e que poderia ajudar a destravar questões importantes para o Estado.
Júlio defende ser preciso, por exemplo, um esforço maior para garantir que o Estado não perca nenhum recurso que foi colocado no Orçamento Geral da União (OGU).
Eliene, no entanto, afirma que a escolha do novo líder não precisa ser tratada com prioridade, segundo ele, porque a atuação do ocupante do cargo é mais necessária quando se aproxima o período de apreciação da peça orçamentária do ano seguinte.
“É uma função muito específica para a apresentação de emendas ao orçamento ou defesa de matérias de interesse do Estado, o que acontece raramente”, pontua.
Por conta disso, uma reunião para a escolha ainda não foi convocada. Diante da aproximação da Copa do Mundo, a ser realizada em junho, e da eleição de outubro o social-democrata chega a ponderar a possibilidade de o encontro ser ainda mais postergado. “Pode ser antes como pode também não ser”, diz.
Ele sustenta, no entanto, já ter exposto ao demais parlamentares mato-grossenses “desprendimento” em ser reconduzido ao posto.