Política Terça-Feira, 09 de Janeiro de 2018, 09h:18 | Atualizado:

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IMPACTO NO ORÇAMENTO

Estado cita Teto de Gastos e barra "aumento" para agentes socioeducativos

Governo ainda aponta que mudanças podem afetar cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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O Governo do Estado enviou uma mensagem à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT) vetando a reestruturação do plano de carreira dos profissionais do sistema socioeducativo. O projeto previa a criação de mais dois níveis na trajetória funcional da classe de servidores públicos estaduais.

O Poder Executivo citou o Regime de Recuperação Fiscal - RRF, implementada pela Lei do Teto de Gastos -, como uma das justificativas para barrar o projeto. O impacto nos cofres públicos seria de R$ 96.732,23 em 2018, segundo a proposta. “Antes da aprovação pela Casa das Leis, foi promulgada a Emenda Constitucional que instituiu o Regime de Recuperação Fiscal - RRF, que vigorará por cinco exercícios financeiros, a partir de 2018, durante o qual fica vedado ao Poder Executivo, como regra, a concessão, a qualquer título, de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração aos servidores”, diz o Governo.

A mensagem encaminhada pelo poder executivo ao Legislativo, que data da última sexta-feira (5), além de informar o veto ao Projeto de Lei nº 489/2017, aprovado pela AL-MT em sessão do dia 28 de novembro de 2017, aguardava sanção do governador desde o dia 12 de dezembro do ano passado, o que acabou não ocorrendo. O Poder Executivo alegou também que a aprovação poderia ameaçar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“O gasto total de despesa com pessoal do Poder Executivo alcançou 47,39% da Receita Corrente Líquida RCL do Poder Executivo e, por conseguinte, extrapolou o limite prudencial de 46,55% (que corresponde a 95% de 49%) [...]Ante a referida situação, embora o projeto de lei tenha sido enviado em momento antecedente, o Poder Executivo está sujeito às vedações da LRF dentre as quais se encontra a proibição de adequação de remuneração a qualquer título e de alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa”, justifica o Governo.

O Poder Executivo também afirma que a Lei do Teto de Gastos também se aplica a proposições legislativas que estejam em tramitação após a promulgação da norma. “As vedações se aplicam também a proposições legislativas, “mesmo as que estejam em tramitação após a promulgação desta Emenda Constitucional”, de modo que o Projeto de Lei nº 489/2017 resta igualmente prejudicado em razão do Regime de Recuperação Fiscal”.

A carreira dos profissionais do sistema socioeducativo possui atualmente 10 níveis e 4 classes com salários que variam de R$ R$ 2.640,09 a R$ 8.902,00. A Lei do Teto de Gastos foi aprovada pela AL-MT em sessão do dia 22 de novembro de 2017 e prevê justamente o congelamento de gastos com o funcionalismo, restrições a concursos públicos e outras medidas. A iniciativa foi duramente criticada pelos servidores públicos do poder executivo, que chegaram até mesmo a ameaçar greves contra a proposta.





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Comentários (5)

  • alexandre

    Terça-Feira, 09 de Janeiro de 2018, 12h08
  • porque não há veto para os aumentos de duodecimos de 15% aa ?
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  • To de Olho

    Terça-Feira, 09 de Janeiro de 2018, 11h50
  • Isso ai é para o SINETRAN ficar esperto. Fez 2 meses de greve e depois disso, sem conseguir nada, se gabava de ter uma ata de reunião com o vice governador como garantia de reestruturação financeira da careira dos servidores do DETRAN. #achoquevãoficaravernavios
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  • Espertos foram os TAF

    Terça-Feira, 09 de Janeiro de 2018, 10h02
  • Esperto foi o grupo TAF, que se articulou para fazer aprovar sua lei de aumento antes da publicação da PEC do Teto de Gastos. O que me intriga é que, antes da PEC, ninguém pensou nos impactos financeiros de conceder aumento. Esse problema só surgiu a partir da PEC? Não era possível prever esses efeitos antes? Mistério...
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  • Luiz

    Terça-Feira, 09 de Janeiro de 2018, 09h46
  • Não entendo porque o judiciário e o legislativo recebem aumento. O executivo só se ferra. Ai chega época de eleição, e fica achando que vai se reeleger. Se Deus quiser, vai cair do cavalo.
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  • Catarina

    Terça-Feira, 09 de Janeiro de 2018, 09h27
  • Engraçado qdo é melhoria pro servidor o governo veta. Mas pra diminuir salário eles aprovam rapidinho onde vamos parar?
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