A defesa do ex-assessor da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas), Rodrigo de Marchi, protocolou na tarde desta segunda-feira pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Ele é o último preso na “Operação Ouro de Tolo”, deflagrada na última quinta-feira, a protocolar pedido de liberdade.

O pedido foi distribuído ao desembargador Rondon Bassil Dower Filho. O magistrado será o responsável por definir se todos os presos poderão responder o processo em liberdade.

A decisão de distribuir o processo a Rondon foi por prevenção. Ele é responsável por analisar um processo que tramita em segredo de Justiça sobre as mesmas fraudes. Na ação, outras autoridades ainda não citadas no esquema estão sendo investigadas.

Rodrigo é apontado pelo delator da operação, empresário Paulo Lemes, como o “braço direito” da ex-primeira-dama Roseli Barbosa na Setas. De acordo com o empresário, ele dividia 24% do lucro dos convênios firmados pela pasta com o também empresário Nilson da Costa e Farias, que também está preso.

No esquema, 40% do “bolo” iria para Roseli Barbosa e outros 36% ficava com Paulo Lemes. O ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Sílvio Cézar Correa de Araújo, foi envolvido no esquema ao quitar uma dívida de R$ 418 mil contraída na campanha de 2012 com dinheiro de desvios da Setas.

O processo referente as fraudes na Setas possuem mais de 30 réus, entre servidores públicos e empresários e funcionários de “institutos de fachada”. A magistrada responsável pelo caso é a juíza Selma Rosane de Arruda, da 7ª Vara Criminal.

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