Ex-governador avisa que articulará Mesa da AL em janeiro

 

O deputado estadual eleito Júlio Campos (União) confirmou que existe sim a possibilidade de entrar na disputa pelo comando da Assembleia Legislativa, caso lhe seja solicitado. “Eu disse que não era minha pretensão e que eu ia começar simplesmente como deputado qualquer, mas veio essa oportunidade e o politico não pode perder as chances. Se tiver possibilidade e o meu nome tiver disposição, eu estou preparado para fazer qualquer disputa e até oposição política que for necessária”, afirmou em entrevista nesta quarta-feira (14) ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real.

A declaração ocorre em meio à novidade de que uma brecha em uma ementa publicada pelo Supremo no dia 7 de dezembro, relativa a um julgamento envolvendo a reeleição da Assembleia Legislativa do Paraná. O texto aponta que a proibição de reeleição se inicia a partir de janeiro de 2021 e que todas as eleições anteriores não devem ser contabilizadas. Diante disso, a reeleição de Botelho, que ocorreu em 2020, após a antecipação das eleições da Mesa, atendendo a um pedido da deputada Janaina Riva (MDB), que estava grávida na época e tinha sido eleita vicepresidente da AL, pudesse votar no pleito antes de sair de licença maternidade, não seria contabilizada.

Apesar de seu irmão, o senador Jayme Campos (União) ter dito na última semana que o deputado não tinha intensão de entrar no pleito, o parlamentar que está em seu primeiro mandato em um cargo no legislativo estadual, comunicou o contrário, e que não só está diposto, como diz que ter vasta experiência no meio político, que pode contribuir muito para o bom desempenho da Casa de Leis. “Eu não pedi pra ser candidato, eu fui procurado por oito parlamentares que disseram se o deputado Eduardo Botelho não disputasse o melhor nome do grupo seria Júlio campos, o mais idoso da casa, o mais experiente parlamentar, com 12 anos da Câmara dos deputados, sendo membro da Mesa Diretora. No Senado fui membro da Mesa Diretoria”, comentou.

Além dele, o deputado, Max Russi (PSB) também  já colocou seu nome como candidato na corrida pela presidência do legislativo, que tem tido favoritismo pelos colegas, após a desistência de Botelho. Russi diz que já tem apoio de 16 deputados. No entanto, para Júlio Campos também é muito cedo para ter como realidade a possibilidade de Botelho entrar novamente na disputa pelo comando da Casa. “A princípio meu nome está à disposição, porque há dúvidas se realmente essa resolução atinja Mato Grosso, porque foi uma resolução do Supremo com relação ao estado do Paraná, que é um pouco diferente da legislação do estado de Mato Grosso. Então o próprio deputado Botelho disse que estava com um pé atrás, de ser reeleito e depois ser cassado”, explicou.

“Então vamos aguardar mais tempo, está muito precipitado. Eu acredito que  meu nome continua em pauta para qualquer disposição, não só para disputar uma eleição de presidente, como também para compor a Mesa Diretora e fazer uma ampla composição entre Botelho e Max Russi. Mas a partir do dia 2 de janeiro, com o novo governo do Mauro mendes conversando, vamos ter que sentar e decidir uma oposição ou um consenso de uma disputa de voto de candidatos à presidência da Casa. Posso encarar, não só o Max, como qualquer outro nome”, ressaltou.