O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL) acusa o antecessor, Emanuel Pinheiro (PSD), de não ter prestado contas de três emendas que somadas chegam a R$ 10,1 milhões. O resultado, segundo o gestor, é o impedimento da Capital em receber novos recursos federais.
Por outro lado, o ex-prefeito se defende, afirmando que o bolsonarista é que perdeu o prazo estipulado pelo Governo Federal para apresentar um plano de trabalho para poder continuar recebendo o dinheiro. Segundo Abilio, em 2024 foram encaminhadas três emendas ao município.
Uma do senador Jayme Campos (UB) de R$ 4,2 milhões; outra do deputado federal e filho de Pinheiro, Emanuelzinho (MDB) de R$ 4,3 milhões e outra da ex-deputada Rosa Neide (PT), de R$ 1,9 milhão. As emendas eram da modalidade PIX e caiam na conta da prefeitura que precisava prestar contas e ela teria prestado.
“Nós [atual gestão] não conseguimos identificar onde foi parar esse dinheiro. Ele caiu na conta da prefeitura, foi transferido para a fonte do orçamento geral da prefeitura e agora estamos sendo provocados pelo TCU para prestar contas dessas emendas e a gente não sabe. A não ser que o prefeito anterior consiga ter uma justificativa do porque ele fez isso a sensação que tem é que ele estava endividado com outras coisas e pegou o dinheiro da emenda e gastou para pagar as dívidas que ele tinha. Não sei se foi isso que ele fez, mas é a sensação”, disse Abilio.
O Tribunal de Contas da União (TCE) determinou que os Tribunais de Contas Estaduais fiscalizem e cobrem dos municípios no que esses recursos tem sisdo aplicado. Diante disso, conforme Brunini, o TCE-MT provocou a Prefeitura de Cuiabá e o Ministério da Gestão suspendeu o envio de emendas novas.
O prefeito revelou que há uma emenda do deputado federal José Medeiros (PL) de R$ 6 milhões na área da Saúde que não pode ser paga enquanto a gestão não presta conta das anteriores. “Eu tive que ir lá, conversei com o Medeiros, o TCU, falei que encaminhamos para a Procuradoria-Geral do Município que entrou na Justiça para poder suspender esse efeito de suspensão dos repasses, ganhamos 60 dias para providenciar essa prestação de contas, não conseguindo, a gente vai encaminhar aos órgãos de controle da União para que sejam tomadas devidas providências”, garantiu.
Nas redes sociais, o ex-prefeito Emanuel Pinheiro se defendeu e explicou que em janeiro deste ano, o Governo Federal elaborou um comunicado oficial estabelecendo um prazo de até 22 de julho para que a atual gestão pudesse apresentar esse plano de trabalho para poder continuar recebendo emendas daqui para a frente. Contudo, Abilio teria perdido o prazo. “Abilio perdeu o prazo duas vezes e agora joga cortina de fumaça para esconder sua incompetência. As emendas PIX são rastreáveis do início ao fim e tem códigos de identificação. Fui prefeito de Cuiabá por oito anos e isso nunca aconteceu. Para de mimimi, sai do celular e põe sua equipe para trabalhar Cuiabá não pode parar”, disparou.
Alencar
Sexta-Feira, 08 de Agosto de 2025, 18h24Gerson Cantor
Sexta-Feira, 08 de Agosto de 2025, 17h40FRANCISCO
Sexta-Feira, 08 de Agosto de 2025, 17h24