Política Segunda-Feira, 30 de Maio de 2016, 22h:55 | Atualizado:

Segunda-Feira, 30 de Maio de 2016, 22h:55 | Atualizado:

PROPINA DO CONSIGNADO

Ex-secretário confessa que empresa pagaria R$ 1 mi por mês a grupo de Riva mesmo com mudança de Governo

Em meados de 2014, Zetra tentou derrubar Consignum em MT, mas não conseguiu

RAFAEL COSTA
Da Redação

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Em depoimento a Polícia Civil no inquérito relacionado à Operação Sodoma, o ex-secretário de Estado, Pedro Elias Domingos, afirmou que o ex-deputado estadual José Riva articulou a substituição da empresa Consignum, que atua no ramo de empréstimos consignados e cujo proprietário, o empresário Williams Mischur pagava propina de R$ 700 mil mensal. 

A ideia seria substituir Consignum pela empresa Zetra, que se trata da Zetrasoft, que estaria disposta a pagar R$ 1 milhão mensal para o ex-deputado independente de qual candidato fosse vitorioso nas eleições ao Governo do Estado em 2014. A Zetrasoft pertence ao empresário Fábio Drumond, que acabou sendo denunciado na Operação Sodoma, e gerencia empréstimos consignados aos servidores públicos.

A Zetrasoft, empresa que atua no ramo de empréstimos consignados, não tem contrato firmado atualmente com a gestão estadual. Uma licitação foi lançada para contratar uma empresa que lida com empréstimo consignado.

Porém, foi suspensa pela Justiça justamente a pedido da Consignum. “O interrogando foi chamado por José Riva na Assembleia Legislativa em seu gabinete, tendo Riva determinado para o interrogando dar andamento na licitação, tendo em vista que a Zetra participaria e dito ainda ao interrogando que a Zetra poderia chegar a um valor de propina de R$ 1 milhão mensal e que continuaria a pagar a propina independentemente do vencedor das eleições”, diz um dos trechos do depoimento. 

Conforme o depoimento de Pedro Elias, Riva tinha interesse em substituir a empresa Consignum visando um recebimento de propina que seria maior. Embora o ex-deputado trabalhasse por uma nova licitação, a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) firmou um termo de cooperação técnica publicado no dia 17 de fevereiro de 2014 no qual prorrogava o contrato com a Consignum por 24 meses.

A partir daí, Riva passou a travar uma guerra com a Consignum. No entanto, após várias negociações, o empresário Williams Mischur e o ex-deputado fecharam um acordo.

A propina antes paga a Silval Barbosa seria direcionada a Riva para quitar uma dívida de R$ 2,5 milhões que o ex-governador mantinha com o ex-deputado na compra de uma fazenda. Da propina de R$ 700 mil mensal que recebeu da Consignum, Riva descontava R$ 100 mil e distribuía da seguinte forma: R$ 50 mil para Pedro Elias, na época secretário de Estado de Administração, R$ 25 mil para o secretário adjunto José Nunes Cordeiro e outros R$ 25 mil para Cláudio Nogueira, um dos secretários adjuntos da pasta. 

O Ministério Público Estadual abriu um inquérito para investigar a destinação da propina paga pela Consignum. Durante fase da Operação Sodoma, policiais civis apreenderam R$ 1 milhão no apartamento do empresário Willians Mischur e existe a suspeita de que o valor seria repassado para agentes da atual gestão.

O inquérito estava nas mãos do promotor Mauro Zaque. No entanto, ele declinou da investigação por ter sido secretário de Segurança Pública na atual gestão e hoje o inquérito está com Roberto Turin.

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Comentários (9)

  • Suzana Reunner

    Terça-Feira, 31 de Maio de 2016, 16h44
  • Parabéns Ricardo Mendes, A expressão não vem ao caso,hoje e muito usada no nosso Brasil,essa critica dura!,AINDA não foi percebida por algumas pessoas de bem de nossa população.Algumas investigações não vem ao caso!, ou seja abafadas pela turma de toga!
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  • Jos? Coxip?

    Terça-Feira, 31 de Maio de 2016, 15h17
  • A Lava-Jato desnudou um mega esquema de roubo que enriqueceu milhares de pilantras com quantias só acima de "bilhões", carros de "milhões", apartamentos de "sonhos", viagens "nababescas" e outras afrontosas situações que ofendem o pobre povo brasileiro. Porém, chama a atenção de que toda essa movimentação de recursos desviados do erário público para patrocinar essa orgia degenerada, não tenha até agora nenhuma ação por parte da nossa "briosa" Receita Federal, que viu vicejar no seu ventre (CARF) uma vergonhosa quadrilha envolvendo seus funcionários para roubar o país e nada fez.
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  • JOSE MESSIAS

    Terça-Feira, 31 de Maio de 2016, 09h17
  • Se continua o pagamento de propina por que não aparece o beneficiário da propina? Será que o beneficiário é alguem acima da Lei? No governo Pedro Taques é so aproximar as investigações dos amiguinhos dele a investigação acaba, por que será? Todos acima da Lei?
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  • Jos? Augusto

    Terça-Feira, 31 de Maio de 2016, 09h02
  • Kkkkkkkkkkkk RICARDO MENDES não vem ao caso???? A nossa sorte é estar na mão do promotor Turim! Esse sim é sério e vai punir quem tiver que punir! Não que outros não sejam, mas esse aí é de tirar o chapéu! A atual gestão pode começar a se preparar para ir pro ccc ' ops, já estão lá alguns né.... Rssss
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  • Lucio Costa

    Terça-Feira, 31 de Maio de 2016, 08h54
  • bom se atual gestao continuou o esquema.... estamos fala do de mais de 10milhoes de janeiro de 2015 (início do gov taques) até o momento da operação! Isso é muito grave em um estado em "transformação".
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  • eduardo

    Terça-Feira, 31 de Maio de 2016, 08h44
  • Se o governador não abrir os olhos xô mano, cairá igual Dilma,,Crime de responsabilidade por omissão, está vendo a galera meter a mão, continuar com as mesmas ladroagem e não fazer nada...tá f.o.d.a....mato grosso heim
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  • An?nimo

    Terça-Feira, 31 de Maio de 2016, 08h16
  • Mas..... o Riva tá solto não tá? Não entendo que com tantos fatos continue solto, ele teria que esperar sua condenação preso, como os outros
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  • Elza leite

    Terça-Feira, 31 de Maio de 2016, 06h54
  • Isso e muito grave. Tem que apurar urgente.
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  • RICARDO MENDES

    Terça-Feira, 31 de Maio de 2016, 06h28
  • penso que no presente caso de R$1.000.0000 apreendido , não vem ao caso.
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