A ex-vereadora por Cuiabá, Lueci Ramos (PSDB), afirmou que seu ex-colega de parlamento, Deucimar Silva, pretendia matar o ex-presidente da Casa, ex-vereador Lutero Ponce. A informação foi revelada em depoimento da tucana no processo que julgou desvios na Câmara Municipal na ordem de R$ 7,8 milhões.
Lueci figurou como testemunha de defesa de Ponce. Em seu depoimento, a ex-parlamentar afirmou os dois então parlamentares mantinham uma relação normal até a cassação de Deucimar em 2008 por infidelidade partidária pelo Tribunal Regional Eleitoral.
Na época, Deucimar "culpou" Lutero por não interferir em seu favor. O "drama" de Lutero, segundo Lueci, começou em 2009, quando Deucimar, que já havia sido eleito vereador, conquistou a presidência da Câmara Municipal. “A testemunha Lueci Ramos, em defesa de Lutero Ponce, esclareceu que a relação de Deucimar com Lutero Ponce era normal até a cassação dele, pois ouviu dizer que Deucimar iria matar Lutero. Quando Deucimar retornou à Câmara percebeu que ele agiu com vingança. Esclareceu que todas as gestões foram normais. Sustentou que durante 15 anos dentro da Câmara Municipal não soube dizer porque isso (cassação) aconteceu somente com o vereador Lutero. Relatou que a cassação de Lutero foi política”, acusou.
Ainda em defesa do ex-vereador, Lueci afirmou que os serviços prestados ao Poder Legislativo sempre ocorreram dentro da normalidade e sempre existiram materiais disponíveis no almoxarifado para os gabinetes. Também testemunha de defesa de Lutero Ponce, o ex-vereador Clóvis Hugueney, já falecido, afirmou que Deucimar tinha o interesse de destruir a vida de Lutero.
Para isso, sustentou Clovito, o ex-vereador teria realizado auditorias fraudulentas na Câmara Municipal para prejudicar Lutero. “Aduziu que Deucimar não deixava participar da auditoria da Câmara e por isso teve que se afastar, por conta de problemas de saúde. Defendeu que o piso da Câmara Municipal estava normal e no outro dia estava danificado. Asseverou que ficou sabendo que funcionários da casa estariam arrancando o piso para constar na auditoria realizada por Deucimar”, acusou.
CONDENAÇÃO
Lutero Ponce foi condenado no último dia 30 a 17 anos, 8 meses e 10 dias de prisão, em regime fechado. Além dele, outras 8 pessoas foram condenadas por integrarem o esquema chefiado pelo ex-vereador quando era presidente da Câmara.
O esquema, conforme foi apurado, desviou o montante de R$ 7,794 milhões dos cofres da Câmara. Em sua decisão, o magistrado pediu que, caso seja a sentença confirmada pela 2ª instância, assim que publicado o entendimento dos desembargadores do Tribunal de Justiça, seja iniciado o cumprimento da sentença.
cuiabano mesmo
Segunda-Feira, 14 de Janeiro de 2019, 10h36Macumbeiro de Sucesso
Terça-Feira, 18 de Dezembro de 2018, 03h27Adolfo Hitler
Segunda-Feira, 17 de Dezembro de 2018, 23h50