O deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) não disputará a reeleição na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) caso o ex-governador e seu mentor político, Júlio Campos (DEM), seja candidato ao mesmo cargo no pleito deste ano. A explicação é a ligação antiga e próxima que ambos cultivam. “Júlio Campos é meu compadre. Júlio Campos foi a pessoa que foi pai de nós todos, políticos. Se ele fosse realmente candidato a deputado estadual, eu não seria”, disse Fabris durante entrevista à Rádio Capital FM, nesta sexta-feira (13).
De acordo com o parlamentar, o recuo na vida política não ocorreria por medo de perder ou de ganhar, mas para evitar desgosto. “Primeiro que se eu ganhasse dele, eu ficaria muito insatisfeito. Se perdesse pra ele, eu também ia ficar insatisfeito. E se nós dois perdesse, eu ia pensar que desaprendemos de fazer política e ficar muito mais insatisfeito”, explicou.
Os políticos já tiveram uma conversa em que Fabris apresentou sua posição à Campos, mas este afirmou que não será candidato e que o amigo não precisaria se desfazer de sua campanha, que já está praticamente pronta. “Essa conversa eu já tive com o doutor Júlio, com meu compadre”, disse Fabris, que prefere manter sua postura. “Se ele for e falar pra mim que vai ser candidato, eu apoio ele”.
O ex-governador Júlio Campos, desde maio vem apontando seu interesse em voltar a disputar eleição, e no cargo de deputado estadual, já que seu partido já tem candidato a governador e senador (Mauro Mendes e Jayme Campos, respectivamente).
Aos 71 anos, ele afirma estar pronto para assumir uma cadeira no Legislativo estadual e ser o primeiro ex-governador a assumir tal cargo, o único que ele ainda não exerceu. Com 46 anos de vida pública, Júlio Campos já foi prefeito, deputado federal, senador e governador.
Armindo de Figueiredo Filho Figueiredo
Sexta-Feira, 13 de Julho de 2018, 12h35