O deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (MDB), o Emanuelzinho, rebateu as declarações da senadora Margareth Buzetti (PSD), que o acusou de ter “falta de vergonha na cara” por pedir ajuda ao governo federal para salvar a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. A fala da senadora foi uma referência à gestão de seu pai, Emanuel Pinheiro (MDB), que era prefeito quando a unidade hospitalar fechou as portas, e virou alvo de críticas.
Durante entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real, nesta quarta-feira (16), Emanuelzinho classificou como lamentável a politização do tema e defendeu que o foco deveria ser o esforço conjunto para evitar o fechamento da instituição. “Eu imaginei que a classe política fosse se unir para a gente não fechar a Santa Casa. A falta de vergonha é a classe política não se unir”, disparou.
O parlamentar afirmou ainda que a Santa Casa não era um hospital público municipal, e sim uma entidade privada, que possui relação com os três entes da federação. “A Santa Casa é uma pessoa jurídica de direito privado, com obrigações próprias. O Estado fez uma intervenção administrativa por causa dos problemas privados da instituição”, explicou.
O emedebista relatou que já esteve com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que teria se mostrado disposto a avaliar a possibilidade de o governo federal assumir a Santa Casa ou inseri-la no programa "Mais Especialista", que permite o abatimento de dívidas com a prestação de serviços ao SUS.
Além disso, ele propôs ao governo de Mato Grosso a compra da Santa Casa em leilão judicial, sugerindo uma parceria entre o Estado e as emendas parlamentares que tem à disposição: “Se o governador Mauro Mendes colocar R$ 10 milhões, eu coloco R$ 10 milhões das minhas emendas parlamentares. A gente compra o prédio e faz o diálogo com o governo federal para manter a Santa Casa aberta”, garantiu.
O deputado criticou ainda o fato de o governo estadual estar investindo R$ 3 bilhões em obras como o Parque Novo Mato Grosso e na compra de uma roda-gigante no valor de R$ 24 milhões, enquanto a Santa Casa corre risco de fechar por falta de R$ 20 milhões. “Não tem justificativa para a gente querer fechar a Santa Casa. Não é debate sobre Santa Casa ou Hospital Central. É Santa Casa e Hospital Central”, enfatizou.
Por fim, Emanuelzinho lamentou a postura do governador Mauro Mendes, que, segundo ele, estaria se recusando a abrir diálogo sobre a proposta por conta de questões pessoais e políticas. “O governador, talvez por eu ser filho do ex-prefeito Emanuel, com quem ele tem desavenças políticas, está colocando a população no meio disso”, afirmou.
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