Política Domingo, 18 de Julho de 2021, 23h:00 | Atualizado:

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Gestão Mendes "escapa" de 51 investigações sobre corrupção

 

LÁZARO THOR BORGES
A Gazeta

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Em 3 anos, a administração do governador Mauro Mendes (DEM) não foi alvo de nenhuma das operações de combate à corrupção e esquemas criminosos realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), pela Delegacia Estadual Fazendária (Defaz) e pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor).

 Levantamento feito pelo jornal A Gazeta com informações da assessoria de imprensa do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e da Polícia Judiciária Civil (PJC) mostra que todas as operações deflagradas durante a gestão Mendes tiveram como foco escândalos de corrupção que ocorreram fora de seu mandato e que, por isso, não atingiram o governador.

Acostumado a grandes investigações, que abalaram o sistema político no Estado, o governo Mendes goza de tranquilidade em comparação aos conturbados momentos políticos vividos por Blairo Maggi (PL), que foi alvo do escândalo do maquinário, Silval Barbosa, que foi alvo da Operação Sodoma, e Pedro Taques, que teve sua reeleição praticamente inviabilizada por uma série de operações policiais que descobriram diversos escândalos de corrupção, como a Operação Rêmora, que investigou fraudes em licitação na Seduc.

Gestão Emanuel

No mesmo período em que Mauro Mendes passou por poucos percalços, o prefeito de Cuiabá e seu rival política, Emanuel Pinheiro (MDB), foi alvo de 7 grandes operações policiais.

 A maior dor de cabeça para Emanuel Pinheiro foi a Operação Sangria, que partiu de investigações feitas pelo ex-vereador Abílio Júnior, autor de denúncias contra fraude em licitação, pagamento de propina e outros crimes envolvendo a Empresa Cuiabana de Saúde Pública e a Secretaria Municipal de Saúde, na época comandada pelo ex-secretário Huark Douglas, que chegou a firmar acordo de delação premiada em relação ao caso.

 Ao todo, desde 2017, Pinheiro foi alvo das seguintes operações: Autofagia, deflagrada para apurar esquema de 'rachadinha', na Secretaria Municipal de Saúde; Sinal Vermelho, para apurar sobrepreço no sistema semafórico; Chave de Ouro, deflagrada para apurar o desvio de aproximadamente R$ 1,4 milhão dos cofres da Empresa de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb); Overpriced, para investigar sobrepreço de até 400% na compra de medicamentos de combate a covid-19; Overlap, para apurar se o ex-secretário de Educação Alex Vieira Passos havia contratado sua própria empresa para prestar serviço para a pasta; além da Operação Esforço Comum, para apurar a contratação irregular de uma cooperativa do sul do Estado.





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