A interventora do Governo do Estado na Saúde de Cuiabá, a enfermeira Danielle Carmona, classificou como “fake news” as denúncias feitas pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) sobre um suposto superfaturamento, na ordem de R$ 538 mil, em 14 medicamentos adquiridos pelo Gabinete de Intervenção. A acusação do gestor culminou na instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Indenizatórios na Câmara Municipal de Cuiabá.
A denúncia foi feita por Pinheiro no dia 6 de setembro. À ocasião, o gestor afirmou que identificou um rombo de R$ 183 milhões.
Desse valor, R$ 538 mil faziam referência à aquisição de remédios por um valor superfaturado. De acordo com o relator do caso, vereador Luís Claudio (PP), o foco da CPI será investigar a questão do pagamento, que foram realizados por indenizatório, ou seja, sem contrato, sem empenho e sem licitação, o que é vedado pela legislação que dispõe sobre os órgãos da Administração Pública.
Entretanto, segundo Carmona, os relatórios apontam uma situação diferente e que todos as ações desenvolvidas pela equipe de Intervenção são acompanhadas pelos órgãos de controle. “Isso é fruto de fake news porque as informações não procedem com os relatórios que temos. Volto a repetir: todas as ações do Gabinete de Intervenção vem sendo validadas por uma equipe de conformidade onde consta Procuradoria do Estado, Controladoria-geral do Estado e auditores do Tribunal de Contas”, garantiu Danielle Carmona, na manhã desta quinta-feira (28), durante entrega da Unidade de Saúde da Família do bairro Jardim Imperial.
Mas, a enfermeira explicou que irá prestar todos os esclarecimentos necessários aos membros da CPI, que é presidida pelo vereador Sargento Vidal (MDB), sob relatoria do vice-líder do prefeito, Luís Claudio (PP) e Ricardo Saad (PSDB) como membro. “Estou muito tranquila. O Gabinete de Intervenção tem dado transparência a todas as nossas ações estamos combatendo essas fake news e o que nos solicitarem estamos encaminhamento com muita tranquilidade”, disse.
BOICOTES E TUMULTOS
A Secretaria Municipal de Saúde está sob a gestão do Governo de Mato Grosso, desde 15 de março deste ano, devido a uma decisão judicial do Tribunal de Justiça. Em junho, o caso foi julgado novamente pelo colegiado, que determinou a prorrogação da medida até 31 de dezembro de 2023.
Conforme Carmona, ao se aproximar do final da intervenção, os boicotes aumentaram e há uma turma querendo tumultuar os trabalhos do Gabinete. “Agora que estamos indo para os últimos 90 dias [da medida] existe uma pressão, uma movimentação, aumento de boicotes, pressão em cima dos servidores que trabalham com a equipe de intervenção e o grupo querendo tumultuar as nossas ações”, revelou a profissional de Saúde.
ROBERTO FIRMINO SOUZA
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