Pré-candidato do Democratas ao Senado, o senador Jayme Campos (DEM) voltou a criticar a postura do colega, e pré-candidato ao governo, Pedro Taques (PDT). Ainda que não admita um distanciamento do grupo de oposição, Campos afirmou que não concorda com a forma do pedetista em fazer política em clara referência ao diálogo mantido por Taques com o PR, que tem como pré-candidato ao senado o deputado federal Welington Fagundes.
Campos criticou a forma como o senador pedetista vem fazendo as aproximações com partidos da base aliada ao governo Silval Barbosa (PMDB), pois o PP também tem forte chances de aliar com o grupo e deixou um recado a Taques. “Não concordo porque ele conversa comigo um dia, no outro com Wellinton. Ele tem que escolher quem é seu aliado, ou um, ou outro. Política tem que ter coerência e lealdade, agora, fazer política conversando comigo de manhã e com outro à tarde, para mim não serve. Bye bye”.
Campos vem mantendo um posicionamento de que pode deixar o grupo oposicionista. Ele destacou que tem de 35% a 40% a frente dos demais candidatos ao Senado nas pesquisas e que não precisa de grupos para se reeleger.
Jayme ponderou que mesmo rompendo com o Pedro, ele carrega 7 partidos que o acompanham neste projeto. O PSDB é o fiel escudeiro do DEM. “Eu só preciso que o meu partido me dê a garantia da minha candidatura e tenho isso. Eu ando Mato Grosso sozinho, vou fazer 20 cidades agora, não preciso de caravana. Também tenho amigos, sei construir ambientes saudáveis, sei dialogar com todos e, modéstia à parte, eu tenho a arte de conversar”.
Por conta das constantes críticas, Pedro Taques optou por deixar para que o presidente regional do PDT, deputado Zeca Viana e o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), mantivessem os diálogos com os partidos da situação. “Algumas pessoas fazem críticas a mim, que eu não converso com os partidos. Outros criticam que eu converso. As pessoas precisam decidir o que querem”.
PR
Nesta segunda-feira (28), a bancada do PR na Câmara Federal deve romper com a presidente Dilma Rousseff (PT), atitude essa que pode aproximar ainda mais a sigla ao grupo de oposição, em Mato Grosso. Apesar disso, Taques foi taxativo com os republicanos e disparou que o PR deve definir o seu próprio caminho. “Há muito fuxico e mexerico, mas estamos tratando do nosso lado, com os nossos partidos, PDT, PSB, PPS, PV, PSDB e também o DEM. O PR tem que definir o seu caminho, cabe a eles decidirem isso. Eu não vou colocar a minha colher de pau no angu do PR”.
Questionado sobre o PP e a nova notícia de que o empresário, Eraí Maggi teria desistido de disputar como vice em sua chapa, Taques foi curto e grosso. "Ele é maior de idade e sabe o que é melhor para ele e o partido dele. Não fui comunicado, mas para que exista um casamento, tem que ter o entendimento das duas partes. Eraí tem que ser respeitado, mas não é só ele quem define isso, outros partidos também definem. Mas, ele é maior de idade sabe o que é melhor para ele o partido dele”.
A.M.O.
Segunda-Feira, 28 de Abril de 2014, 19h08Getulio Delamonica
Segunda-Feira, 28 de Abril de 2014, 18h41