O senador Jayme Campos (União) negou que tenha qualquer tipo de tratativas com o MDB para uma possível filiação para disputar 2026. Segundo ele, a sua situação dentro do União Brasil continua ‘confortável’.
A declaração ocorre após a revelação do vice-presidente estadual do PSD e ex-parlamentar, Gilmar Fabris (PSD), que o assunto chegou a ser tratado com o presidente da República Lula (PT), que ao discutir o cenário de 2026 em Mato Grosso, disse que apoiaria uma candidatura de Jayme ao governo pelo MDB.
‘Nunca me procuraram para falar disso. Talvez essa possibilidade foi aventada por eles lá, analisando o quadro político. Mas ninguém do MDB me procurou e eu estou bem no União Brasil, confortável. Sou da direção nacional e tudo mundo aqui gosta de mim’, disse.
A garantia de permanência de Jayme no União pelo menos até março de 2026, já foi repassada por ele em conversas com o ministro Fávaro, alegando que não teria motivos para romper com o Mauro Mendes no momento, apesar de ver a movimentação do governador em construir um palanque sem espaço para ele na chapa majoritária.
A deputada estadual Janaina Riva (MDB), que irá presidir o MDB no Estado a partir de agosto deste ano, também negou conversa para filiação do senador na sigla.
‘Nunca tivemos essa conversa com o senador. Ele é respeitado dentro do partido. E nós temos um projeto que é a candidatura minha ao Senado. Mas conversas podem correr na esfera nacional. Isso é normal, especular’, disse.
Apesar disso, Janaina não veria problemas em ter uma chapa majoritária com dois nomes do MDB - governo e Senado, e lembrou a eleição de Mauro e Jayme em 2018, quando disputaram na chapa majoritária.
‘É possível sim, só lembrar o União em 2018. Mas é preciso ver a viabilidade e outros fatores, como aliança e tudo’, ponderou. Desde o início do ano, Jayme Campos vem se aproximando de outras siglas. Ele esteve junto com Fávaro em assinaturas de convênios e obras na Baixada Cuiabana, e também se reuniu com o ex-governador Pedro Taques, que ensaia retorno à política para disputar o Senado e fazer oposição ao governo Mauro Mendes.