O vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD) ainda tenta impedir que a sessão extraordinária marcada para esta sexta-feira com objetivo de analisar o relatório da Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá, pedindo sua cassação.
Nesta quinta-feira, às 11h10, o irmão do parlamentar, Lázaro Moreira Lima, protocolou na sede do poder legislativo um atestado médico com validade de 10 dias, a contar da data de ontem (23). O atestado é assinado por um endocrinologista do Centro Médico Goiabeiras. Na última segunda-feira, João Emanuel foi internado as pressas no Hospital Santa Rosa vítima de uma infecção estomacal causada pelo consumo excessivo de chocolates.
Com o atestado, o social-democrata tem aparato para faltar a sessão extraordinária de amanhã. A ausência de João Emanuel deve prejudicar o transcorrer do julgamento do relatório de cassação. Isso porque, o parlamentar e seus advogados têm direito a ampla defesa.
Numa sessão de cassação, o vereador e sua defesa têm 15 minutos cada para tentar convencer os demais parlamentares a inocentá-los. Além disso, o acusado pode arrolar 10 testemunhas de defesa.
Além disso, um dos advogados do parlamentar, Rodrigo Cyrineu, explicou que a sessão pode não ocorrer por falta de notificação. Segundo ele, nem o vereador, nem a defesa, receberam comunicado oficial da Câmara acerca da sessão marcada para amanhã.
“Volto a repetir, é preciso que o vereador João Emanuel (PSD) ou os advogados de defesa sejam notificados em até 24 horas de antecedência da realização da sessão. E até agora não me notificaram. Se me notificarem eu vou fazer a defesa oral, mas é muita insensibilidade dos vereadores não esperar o retorno do João Emanuel para que se realize a sessão”, disse Cyrineu.
SESSÃO MANTIDA
O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Júlio Pinheiro, descartou a possibilidade de cancelar a sessão extraordinária marcada para esta sexta-feira. Segundo ele, mesmo com atestado médico, a ausência do vereador João Emanuel não irá prejudicar o direito a defesa dele.
“O vereador João Emanuel tem três advogados constituídos que podem sustentar sua defesa em plenário. Não vejo problema em fazer a sessão sem ele”, disse.
Segundo Júlio Pinheiro, é importante a Câmara encerrar logo este episódio. “Precisamos focar nossas ações em trabalhar por Cuiabá”, assinalou.
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Miranda
Quinta-Feira, 24 de Abril de 2014, 22h59Francisco Botelho Pinto
Quinta-Feira, 24 de Abril de 2014, 22h13