O juiz da Sétima Vara Criminal, Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, intimou os 11 réus da quinta fase da operação “Sodoma” para prestar depoimento entre o final de novembro e o início de dezembro de 2018. As investigações apuram um suposto esquema de Caixa 2 a partir de recursos da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra-MT), e também na Secretaria de Estado de Administração (SAD-MT, atual Seges-MT), na gestão Silval Barbosa, no valor de R$ 7 milhões.
No dia 8 de novembro de 2018, deverão depor Wilson Luiz Pereira Soares, José Roberto Pacheco, Afonso Gleidson Teixeira, o ex-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, Fabio Rodrigues de Carvalho Alves Costa, Valter Facheti Torres e o empresário Paulo Cesar Lemes, delator da “Operação Ouro de Tolo”. Todos eles são testemunhas de defesa do réu Sílvio Cesar Correa, ex-Chefe de Gabinete da gestão Silval Barbosa.
Já no dia 22 de novembro será a vez Francisco de Assis Amâncio Figueiredo Dorileo, Mauro Cesar Perreira, o ex-vereador Ludio Frank Mendes Cabral, Silvia Mara Gonçalves e Arlan Lino Edeus. O grupo intimado também é testemunha de defesa do ex-secretário de Estado de Administração (SAD-MT), Francisco Faiad.
Em 4 de dezembro deverão prestar depoimento José Alexandre Schutze, Edgar Teodoro Borges, Carlos Eduardo Souza Viriato, todos testemunhas de defesa do réu, e ex-secretário-adjunto da Sinfra-MT, Valdísio Viriato.
Em 11 de dezembro serão ouvidos apenas réus da ação: Diego Pereira Marconi, Juliano Cezar Volpato, Edézio Correa e Cezar Roberto Zílio. No dia seguinte (12), será a vez de outros denunciados: Pedro Elias Domingos de Mello, Alaor Alvelos Zeferino de Paula, Valdísio Juliano Viriato, José De Jesus Nunes Cordeiro.
A “cereja do bolo” foi deixada para o dia 13 de dezembro de 2018, quando devera depor o ex-governador Silval Barbosa (sem partido). Além dele também devem ser ouvidos Silvio Cezar Corrêa Araújo e Francisco Anis Faiad.
A ação que apura o esquema estava com o andamento suspenso no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) em razão do pedido de suspeição do réu no processo, e ex-secretário da SAD-MT, Francisco Faiad. Ele tentava afastar a juíza aposentada Selma Rosane Santos Arruda do procedimento judicial alegando que ela nutria contra ele “inimizade capital”. O pedido, porém, já foi julgado monocraticamente pelo desembargador Pedro Sakamoto, que extinguiu o processo em razão da aposentadoria de Selma Arruda.
SODOMA 5
A quinta fase da operação “Sodoma” investiga fraudes à licitação por uma suposta organização criminosa em contratos celebrados entre as empresas Marmeleiro Auto Posto LTDA e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática LTDA, entre os anos de 2011 a 2014, com o Governo do Estado de Mato Grosso.
Segundo investigações da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz-MT) ambas as empresas foram utilizadas pela organização criminosa para desvios de recursos públicos e recebimento de vantagens indevidas. Elas utilizavam-se de duas importantes pastas: a antiga Secretaria de Estado de Administração (SAD, atual Seges) e a Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana (Septu, atual Sinfra).
As duas empresas, juntas, receberam aproximadamente R$ 300 milhões em contratos com o Governo do Estado entre os anos 2011 a 2014 em licitações supostamente fraudadas. Com o dinheiro desviado, efetuaram pagamento de propinas em benefício da organização criminosa no montante estimado em mais de R$ 7 milhões.
A Operação Sodoma 5 foi deflagrada em fevereiro de 2017 pela Defaz-MT. Na ocasião, foram cumpridos mandados de prisão contra o ex-governador Silval Barbosa, seu ex-chefe de gabinete, Sílvio Correia, o ex-adjunto de Administração, José Nunes Cordeiro, o ex-secretário de Administração, Francisco Faiad e o ex-adjunto de Infraestrutura, Valdísio Viriato.
Sociedade
Sexta-Feira, 05 de Outubro de 2018, 04h52Raimundo
Quinta-Feira, 04 de Outubro de 2018, 18h04